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Vaivém

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Exportadores aceleram os embarques de soja

Com a colheita de soja praticamente encerrada no Brasil, aumenta o ritmo dos embarques da oleaginosa.

Na semana passada, foram exportados US$ 303 milhões por dia em soja, alta de 20% em relação à semana anterior, segundo a Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

Com isso, a média diária para este mês atingiu US$ 285 milhões, quase o dobro do exportado por dia em abril. O valor representa 42% dos embarques brasileiros de produtos básicos e 23% do total exportado pelo país.

A evolução em relação a abril é natural, pois o pico das exportações de soja normalmente ocorre neste mês. Mas a evolução ante o mesmo período do ano passado também chama a atenção: 86%.

A prévia da balança comercial deste mês indica que o volume das exportações de soja deve, pelo terceiro mês consecutivo, superar 4 milhões de toneladas.

"É um volume excepcional", diz Leonardo Menezes, analista da consultoria Céleres, especializada em grãos.

Nos últimos meses, diante dos problemas na produção da Argentina e do Sul do Brasil, importadores aceleraram as compras para evitar pagar ainda mais caro pelo grão.

Segundo a Céleres, 83% da atual safra já foi vendida. No mesmo período de 2011, esse percentual era de 63%.

A comercialização deve terminar até julho, quando começa o novo ano-safra.

Até lá, avalia Menezes, os volumes de exportação continuarão em alta. A desvalorização do real, que aumenta a rentabilidade do exportador brasileiro, deve compensar, pelo menos em parte, a queda recente dos preços.

Além disso, a expectativa é que as cotações se sustentem no cenário de oferta restrita e demanda firme.

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Em queda O preço da soja no mercado interno seguiu a queda de 5% acumulada em sete dias em Chicago. No Brasil, a saca de 60 quilos caiu 1,45% ontem, para R$ 55, em média, segundo pesquisa da Folha.

Ofensiva Pecuaristas ligados à Associação de Criadores de Mato Grosso do Sul pedem a representantes do agronegócio no Congresso que levem para Brasília a discussão sobre a concentração dos frigoríficos.

Regulação Os produtores querem controle sobre a atividade dos frigoríficos, que desestimulariam a pecuária, diz a entidade. Três empresas concentram 70% das compras no Estado.

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PRATA
-1,87%
Ontem, em Nova York

CHUMBO
-1,29%
Ontem, em Londres

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Tailândia ameaça Brasil em frango

A Tailândia deve voltar a uma posição de destaque no comércio mundial de carne de frango "in natura" e pode roubar espaço do Brasil.

A conclusão é do Rabobank, e tem como base o anúncio de que União Europeia irá retomar as importações de frango da Tailândia a partir de 1º de julho.

As restrições foram impostas em 2003, após o registro de gripe aviária na Tailândia, hoje o 11º produtor mundial.

O Japão também decidiu banir as compras de frango tailandês, mas espera-se que o país siga a UE e também libere as importações.

O Brasil deve ser particularmente afetado, pois é o maior fornecedor de aves para a Europa e para o Japão.

"A volta da Tailândia ao mercado pode levar a uma nova onda de investimentos na indústria de frango no país", diz em relatório o Rabobank, que estima aumento de 20% na produção até 2015.

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Com TATIANA FREITAS

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