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Feirão da Caixa terá menos imóvel novo

Oferta de casa própria será maior, mas redução no número de lançamentos no evento de SP será de quase 50%

Movimento reflete o menor ritmo de lançamentos residenciais; fatia de usados aumenta

CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO

Embora o número de imóveis residenciais à venda no Feirão da Caixa em São Paulo tenha crescido, de 195 mil para 218 mil, a participação de imóveis novos será menor.

A feira reúne construtoras, imobiliárias, cartórios e agentes de financiamento. Começa na sexta e vai até o domingo, no Centro de Exposições Imigrantes (zona sul).

A queda no número de imóveis novos reflete a desaceleração do mercado imobiliário paulistano.

No primeiro trimestre, o número de lançamentos residenciais na cidade foi 30% menor que no mesmo período do ano passado. E, em 2011, o total foi praticamente o mesmo do ano anterior, depois da forte expansão de 20% de 2010 sobre 2009.

Nesta edição do feirão, serão oferecidas 24,5 mil unidades novas, prontas ou na planta, número quase 50% menor que no ano passado. A proporção dos novos também caiu, de 24% para 11%.

"O foco das construtoras, hoje, é complementar no feirão a venda dos imóveis já lançados", diz Paulo José Galli, superintendente regional da Caixa.

Para Flávio Prando, vice-presidente de habitação econômica do Secovi-SP, sindicato que representa as construtoras, fica cada vez mais difícil, daqui para a frente, que o feirão conte com o mesmo volume de imóveis novos de anos anteriores.

"Está caro construir em São Paulo, pela escassez e pelo alto valor dos terrenos. Assim, os empreendimentos lançados são cada vez mais de padrão superior ao do perfil do feirão."

PREÇOS

De acordo com a Caixa, a grande maioria dos imóveis oferecidos no evento custa até R$ 500 mil. Entre novos e usados, serão mais de 200 mil neste ano, sendo cerca de 15 mil contemplados pelo programa habitacional Minha Casa, Minha Vida -com preço máximo de R$ 170 mil.

Nesse caso, as unidades têm condições especiais de financiamento, com juros de até 5% ao ano conforme a renda familiar do comprador (veja quadro ao lado).

Fora desse contexto, as taxas da Caixa vão de 7,9% ao ano a 10% ao ano, dependendo do valor do imóvel. O mais barato custa R$ 89 mil.

O banco projeta que cerca de 60 mil pessoas visitem o feirão e que o volume total de negócios supere os R$ 2 bilhões do ano passado, com a ajuda da redução dos juros de financiamento da instituição.

Haverá subsídio do governo de São Paulo para a compra de imóveis por servidores estaduais com renda de até R$ 3.100 por mês.

Uma vantagem do feirão é a possibilidade de comparar várias ofertas. Também é possível fechar o negócio na hora, mas especialistas recomendam cautela, já que o pagamento compromete parte da renda por até 30 anos.

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