Índice geral Mercado
Mercado
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Mercado Aberto

Setor de construção pesada teme atraso de cronograma em São Paulo

Empresários da indústria de construção pesada de São Paulo esperavam que quase 60 obras fossem liberadas para licitação até maio.

A ideia era que os empreendimentos começassem a ser executados nas estradas ainda antes do final do ano.

Há algumas semanas, no entanto, começou um receio no setor de que o cronograma de um conjunto de obras que envolvem recursos de aproximadamente R$ 10 bilhões até 2014 seria atrasado.

A expectativa do Sinicesp (sindicato do setor) era que entre junho e agosto os contratos estariam em andamento, conforme disse o presidente da entidade, Silvio Ciampaglia, à coluna em março.

Mas uma parte dos recursos deve começar a ser consumida só no próximo ano.

"Temos o programa para licitar 58 obras para 2012, só com recursos do Tesouro. Já tivemos nove licitações com propostas abertas e já publicamos outras 25", diz Clodoaldo Pelissioni, superintendente do DER (Departamento de Estradas de Rodagem).

Os 24 projetos restantes estão em revisão ou aguardam documentação, segundo Pelissioni, que diz que devem ser liberados em breve.

"Isso não quer dizer que vai ser consumido neste ano ainda. Uma parte será no ano que vem", afirma.

Além dos recursos do Tesouro, estão previstas mais 20 obras com financiamentos de instituições financeiras internacionais, de acordo com o superintendente do departamento de estradas.

FORA DE SÃO PAULO

A Cavenaghi, fabricante e importadora de artigos para pessoas com deficiência, vai abrir suas primeiras unidades fora do Estado de São Paulo no segundo semestre deste ano.

A meta da companhia é ter ao menos uma loja por região do país até o final de 2013, segundo afirma Monica Cavenaghi, sócia da empresa que já atua em São Paulo e São Carlos.

Fundada em 1968, a Cavenaghi projeta a abertura de duas unidades em 2012, em Salvador e no Rio de Janeiro, e de mais seis pontos de venda no ano que vem.

"Gostaríamos que todas as regiões fossem atendidas, mas também precisamos garantir que haverá demanda, por isso, ainda estamos analisando as cidades que abrigarão lojas", diz Cavenaghi.

O investimento feito em cada loja é recuperado em cerca de dois anos, de acordo com estimativas da empresária.

GRÉCIA EM PROMOÇÃO

A queda no número de turistas na Grécia, decorrente da crise financeira, forçou os hotéis e cruzeiros a diminuírem seus preços, segundo operadoras do setor.

O valor pago pelos serviços no país tiveram, em média, queda de 15%, segundo o diretor da empresa grega Tour Greece, Eric Engelen, que está no Brasil nesta semana.

A operadora brasileira Milessis começou a receber promoções há duas semanas. "São hotéis com desconto de até 30% e cruzeiros oferecendo 50% no preço da passagem do segundo viajante", diz Alexandre Milessis, da empresa.

Na comparação com o ano passado, o número de reservas em hotéis gregos diminuiu cerca de 20% nesta temporada -que vai de abril até outubro.

Para Engelen, a eventual saída do país da zona do euros, que poderia diminuir os preços do setor ainda mais, é inimaginável. "A União Europeia não deixará isso acontecer, já que outros países também enfrentam problemas semelhantes."

ENERGIA

A oferta de energia no Brasil neste ano será 1.500 MW superior à demanda, segundo a Trade Energy, comercializadora independente de energia.

Essa margem afasta a possibilidade de racionamento nos próximos anos, mas não acarretará em diminuição do preço da energia para o consumidor, diz Luis Gameiro, diretor da empresa.

Nos últimos 12 meses, a oferta de energia eólica cresceu 30% no país.

A energia proveniente de biomassa e das pequenas hidrelétricas, por sua vez, tem se expandido 15% ao ano.

NÚMEROS

28% é a parcela dos projetos que demandam especialistas em construção civil

17% é a demanda por profissionais para recursos humanos

16% é a busca por pessoas para trabalhar em suprimentos

8% são para marketing

ENGENHARIA

A demanda por profissionais na área de engenharia triplicou no primeiro trimestre deste ano ante igual período do ano passado, segundo dados da Asap, consultoria de recrutamento.

Cerca de 28% dos projetos atendidos pela empresa em 2012 demandam especialistas em construção civil.

Além de engenharia, recursos humanos, cadeia de suprimentos e marketing também impulsionaram o setor industrial e representaram, respectivamente, 17%, 16% e 8% dos projetos da Asap no primeiro trimestre.

EMPECILHO TRABALHISTA

A legislação trabalhista de Portugal diminui a competitividade do país e prejudica sua recuperação. A observação é de Mark Bowden, diretor-geral para Sul da Europa e América Latina da Hays, empresa de recrutamento.

"Lá só é possível demitir com justa causa, o que é quase impossível de se comprovar", afirma.

"O preço da mão de obra na Inglaterra é mais alto que em Portugal, mas a flexibilidade das leis inglesas favorece o empregador."

No Brasil, a legislação não prejudica o mercado de trabalho, segundo o executivo.

com JOANA CUNHA, VITOR SION e LUCIANA DYNIEWICZ

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.