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Foco Caminhoneiro financia veículo de 1980; modelo 2004 é 'seminovo'
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Em terreno próximo à rodovia Fernão Dias que serve como pátio para centenas de caminhoneiros, a dificuldade de comprar um veículo moderno é visível. Mecânicos trabalham em modelos da década de 1970 e um veículo de 2004 é "seminovo". Muitos preferem arcar com a manutenção de seus veículos mais antigos a ter de passar pelo aperto que envolve o financiamento de um bem que pode custar R$ 200 mil. José Roberto Ferreira da Silva, 33, diz que foi necessário pedir ao patrão do irmão para financiar o seu caminhão atual, um Volkswagen 23210, ano 2004, avaliado em cerca de R$ 100 mil. Faltam três parcelas para quitá-lo. "O autônomo consegue financiamento só se tiver três anos de registro na ANTT, outro caminhão ou um imóvel." Ele não chegou a tentar um empréstimo diretamente nos bancos por causa dessa dificuldade, mesmo conhecendo o programa de incentivo ao crédito Procaminhoneiro. Clayton de Vargas Martins, 42, financiou 40% de seu caminhão atual, um Scania 141, ano 1980, que vale cerca de R$ 40 mil. "E só consegui porque já tinha um outro, mais antigo", afirma. Para ele, a carta-frete -proibida pela Agência Nacional de Transportes Terrestres- não é um problema para a categoria. Segundo Martins, é o valor baixo do frete que torna difícil renovar a frota. Sobre o Procaminhoneiro, Martins é cético. "Fizeram isso para as empresas." Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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