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Commodities

Prejuízo do grupo de Eike aumenta 182%

Empresas de capital aberto da EBX somam R$ 181 mi em perdas no 1º trimestre, ante R$ 64 mi no mesmo período de 2011

Empresário vende 0,8% da holding para a GE, por US$ 300 milhões; em março, repassara 5,36% para árabes

DENISE LUNA
DO RIO

Nascidas de ofertas públicas como a da CCX, que acontece hoje na Bovespa, as empresas de capital aberto do grupo EBX, do empresário Eike Batista, registraram no primeiro trimestre prejuízo de R$ 180,6 milhões.

O valor representa alta de 182% em relação ao primeiro trimestre de 2011, quando todas as empresas perderam R$ 64,1 milhões.

Ainda em fase pré-operacional -apenas a MMX (mineração) e a OGX (petróleo e gás) estão em fase de produção, ainda pequena-, as empresas do grupo investem nos próprios projetos os recursos arrecadados com as ofertas públicas de abertura de capital e captações.

O grupo EBX tem US$ 8 bilhões em caixa para investimentos. A "caçula" CCX é uma cisão da MPX, do setor de energia elétrica, e tem ativos de carvão na Colômbia.

Em nota, o grupo EBX informou que esse tipo de prejuízo "é comum em empresas pré-operacionais" e que está investindo US$ 15,7 bilhões, entre 2011 e 2012, com geração de 20 mil empregos.

As empresas X também viram seu valor de mercado cair na Bovespa nos últimos dois anos. Segundo a Economatica e a Bovespa, de 31 de dezembro de 2010 ao dia 23 passado, o valor de mercado dessas companhias caiu R$ 31,3 bilhões, com destaque para a OGX, de petróleo, que perdeu R$ 27,4 bilhões.

O desempenho em Bolsa também tem deixado a desejar. "Os papéis X têm uma volatilidade muito grande, com a característica de que, quando sobem, sobem mais que a Bolsa, e, quando caem, caem mais que a Bolsa. É muita especulação", afirma Pedro Galdi, estrategista-chefe da SLW Corretora.

O maior prejuízo foi da OGX (petróleo e gás), de R$ 144 milhões. A MPX, de energia elétrica, registrou o segundo maior prejuízo, de R$ 77,5 milhões, seguida pela PortX, com perda de R$ 22,7 milhões, e pela LLX, de R$ 7,9 milhões.

Registraram lucro a MMX (R$ 49,3 milhões) e a OSX (R$ 10,5 milhões).

NOVOS SÓCIOS

Para ajudar a capitalizar o grupo, Eike tem buscado sócios para a holding EBX. Em março ele vendeu 5,36% de participação na empresa para um dos maiores fundos do Oriente Médio, o fundo soberano de Abu Dhabi, o Mubadala, por US$ 2 bilhões.

Ontem, o empresário vendeu 0,8% da EBX para a GE, por US$ 300 milhões. Os recursos serão utilizados para melhorar a estrutura de capital da empresa e ajudar a financiar projetos futuros da holding, informou a EBX.

Eike afirmou na quarta-feira que pretende vender uma outra fatia, de US$ 500 milhões, até setembro para outro investidor.

Colaborou LUCAS VETTORAZZO, do Rio

FOLHA.com

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