Mercado Aberto

Petroleira começa análise de exploração no Maranhão

A British Petroleum (BP Energy do Brasil) começou a fazer uma campanha de exploração em terra, com análise sísmica na concessão BT-PN-2, localizada na Bacia do Parnaíba, no Maranhão.

A pesquisa, que deve durar até o final deste ano, envolverá 11 municípios do Estado, região de topografia complexa, repleta de colinas e áreas inundadas.

A BP Energy do Brasil começou a perfurar o quarto poço desde que recebeu, em maio de 2010, a aprovação da ANP para adquirir os ativos da Devon e operar no país.

Uma sonda pesquisa atualmente o terceiro poço no bloco BM-C-34, na Bacia de Campos.

Em seguida, a sonda voltará para o bloco BM-C-32 (com a descoberta de gás natural de Itaipu, também na Bacia de Campos), onde iniciará campanha de perfuração de um poço de avaliação.

A sonda permanecerá no Brasil pelo menos até 2015, com um plano de atividade que inclui exploração e avaliação de poços.

A empresa pretende furar mais três poços neste ano, todos na Bacia de Campos.

O Grupo BP injetou US$ 5 bilhões no Brasil no último ano em quatro empresas: BP Energy do Brasil, BP Biocombustíveis, Air BP e Castrol.

Os quatro novos blocos adquiridos pela BP Energy do Brasil, em março, na Bacia de Barreirinhas (a 200 km da costa de São Luís, no MA), estão localizados em áreas de exploração mais difícil.

"Não nos interessamos apenas por essas 'fronteiras exploratórias'. Já confirmamos interesse na próxima rodada da ANP e continuamos a avaliar oportunidades", diz Guillermo Quintero, presidente da BP no país.

"O crescimento que prevemos há um ano, quando a BP voltou a operar no setor brasileiro de petróleo e gás, está se concretizando e esperamos crescer ainda mais."

Contratação de altos executivos por estrangeiras não avança

O número de consultas de companhias estrangeiras que consideram a hipótese de ingressar no Brasil e, para isso, buscam ajuda para recrutar seu executivo principal, cresceu 30% no acumulado do ano até abril, segundo a empresa especializada Michael Page Executive Search.

O volume de estrangeiras, no entanto, que de fato assinam as contratações não correspondeu no período.

Não houve variação, de acordo com Fernando Andraus, diretor da empresa.

Alguns setores se destacam, como empresas de internet, onde a base de comparação é menor, o investimento exigido, mais baixo e a barreira de entrada, mais leve.

Outros caíram. "O setor de bens de capital não aumentou. Os industriais totais tiveram queda de 10%", diz.

Algumas empresas europeias que pensavam em ingressar no Brasil podem ter postergado ou adiado a decisão devido ao cenário econômico, segundo Andraus.

"Somos um termômetro", diz o diretor da unidade que seleciona altos executivos.

"No ano passado, por exemplo, a cadeia automobilística teve reflexo positivo. Agora tem de esperar esses investimentos serem revertidos em resultado", diz.

Produção... A fábrica que o grupo Eternit começa a construir no Ceará, para produzir louças sanitárias, vai gerar 330 empregos diretos e 1.500 indiretos, de acordo com a companhia.

...cerâmica O empreendimento, que resulta de uma joint venture com a colombiana Corona, será chamado de Companhia Sul-Americana de Cerâmica. A planta será instalada na cidade de Caucaia.

Expansão Desde dezembro até agora, 51 pontos próprios da Oi foram inaugurados no Estado de São Paulo, distribuídos por capital e interior. Até o fim do ano, serão mais 20 no Estado, totalizando 180 no país.

O que estou lendo

Carlos M. Takahashi presidente da BB DTVM

O presidente da gestora de recursos do Banco do Brasil (BB DTVM), Carlos Takahashi, tem dois livros à cabeceira.

O primeiro é "Bumerangue - Uma Viagem pela Economia do Novo Terceiro Mundo", de Michael Lewis, um jornalista que quer entender as razões da crise europeia.

"Ele entra em contato com pessoas interessantíssimas, de vários países, de uma forma ou de outra relacionadas à crise, como monges na Grécia, novos financistas na Irlanda e pescadores na Islândia", diz Takahashi.

O executivo lê ainda "O Mapa do Crescimento - Oportunidades Econômicas nos Brics e além deles", de Jim O' Neill, economista criador do termo Brics.

"Ele atualiza a situação, traça perspectivas e riscos de os Brics seguirem a sua trajetória bem-sucedida. Amplia os mercados emergentes ao incluir os 'next eleven' (os próximos onze), que poderão ser boas oportunidades."

Humor germânico

O humor dos consumidores da Alemanha voltou a melhorar após cinco meses de pessimismo.

Indicador da empresa de pesquisa GfK mostra que a expectativa econômica atingiu em maio 19,6 pontos (em escala que vai de -100 a 100). Desde o começo do ano, o índice não passava de 8,5.

A propensão a comprar dos alemães também aumentou e alcançou 32 pontos. A redução na expectativa da inflação é apontada como um dos fatores responsáveis pelo ânimo dos consumidores.

Foram entrevistadas cerca de 2.000 pessoas.