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Um fundo para chamar de seu

Nova realidade de juro baixo obriga investidor a correr mais risco com o menor custo possível para manter rendimento

DE SÃO PAULO

Escolher a melhor aplicação financeira só é fácil olhando para o passado.

Rentabilidade passada, porém, não é garantia de boa performance no futuro. Pelo contrário, quem se deu bem correndo risco alto pode estar perto de quebrar a cara.

Mais do que encontrar a melhor aplicação, que atenda às necessidades muito particulares de cada pessoa, o fator decisivo nos investimentos pessoais é não fazer escolhas equivocadas.

A pior delas é não ter um horizonte definido para cada aplicação. Se pretende usar o dinheiro daqui a seis meses, a Bolsa não é o lugar ideal.

Com os juros do governo em 8,5%, o que deve ocorrer já depois de amanhã, ficou ainda mais importante prestar atenção aos impostos e aos custos dos investimentos, que podem levar a maior parte do ganho de uma aplicação financeira (veja ao lado).

Os tradicionais fundos DI com taxa de administração de 1% ao ano vão render menos que a poupança a partir de quinta-feira, no caso de resgate antes de seis meses, quando o Imposto de Renda leva 22,5% do ganho. Se o juro cair mais, o quadro piora.

Nunca é demais lembrar que não se deve colocar todos os ovos no mesmo cesto.

Como ninguém sabe se a Grécia sairá do euro, se o dólar cairá para R$ 1,90, se os juros voltarão a 10% ou se a Bolsa se recuperará, o melhor é estar preparado para que tudo isso aconteça.

Em cinco anos é bem provável que a Bolsa se recupere, caia novamente e suba mais um pouco. O mesmo vai ocorrer com a inflação, o dólar e os juros, não necessariamente nessa ordem.

Vai ganhar dinheiro quem apostar em todos esses cenários ao mesmo tempo.

E só vai perder aquele que sair da aplicação desfavorável na hora errada.

A chave é calibrar os investimentos conforme esses cenários vão se tornando mais (ou menos) prováveis.

E ter paciência se precisar esperar por um momento melhor para sair de uma aposta equivocada.

(TONI SCIARRETTA)

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