Governo espera Soros entre sete competidores em leilão do 4G

O governo espera que pelo menos sete grandes competidores, entre eles o investidor George Soros, participem do leilão do serviço de banda larga móvel de quarta geração, o 4G, em 12 de junho.

O negócio é outra aposta do governo Dilma para aumentar o acesso à banda larga no país. O serviço tem de estar disponível nas 12 cidades que serão sede da Copa do Mundo em 2014.

Além de Soros, com a empresa Sunrise, devem disputar as quatro faixas nacionais da banda larga 4G as teles Oi, Claro, TIM, Vivo, Nextel e Sky. Soros deve explorar apenas o serviço de dados, e não voz.

A expectativa de arrecadação do governo no leilão é de pelo menos R$ 4 bilhões -o preço mínimo do total de lotes atinge R$ 3,8 bilhões.

"Ninguém vai querer ficar de fora de um negócio que é o futuro do setor, uma internet que tem uma velocidade dez vezes mais rápida do que a 3G atual", afirma Paulo Bernardo (Comunicações).

Para Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco, o governo superestima a arrecadação. "Quem vai investir em uma área no meio da Amazônia? Acredito que o leilão renda pouco mais de R$ 2 bilhões", diz.

O que não for vendido poderá fazer parte de um futuro "leilão de sobras".

Há pouco mais de duas semanas, TIM, OI, Vivo, Claro e a sueca AINMT (que controla a Net1) pediram a impugnação de algumas regras do processo. A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) deve julgar o mérito até 5 de junho, dia da entrega das propostas dos interessados.