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Tenho R$ 30 mil na poupança e deposito R$ 1.000/mês; como chego a R$ 100 mil?

L.F., Botucatu (SP)

RESPOSTA DO PROFESSOR DE FINANÇAS DA FGV WILLIAN EID JUNIOR - Vamos fazer uma conta. Se você conseguir uma taxa de juros mensal de 0,5%, os seus

R$ 1.000 por mês mais os R$ 30 mil que já tem serão transformados em R$ 100 mil em 52 meses, ou quatro anos e quatro meses.

Isso considerando que os R$ 30 mil estão na chamada poupança antiga e que vão render 0,6% ao mês, ou 7,5% ao ano. O 0,5% que considerei para os R$ 1.000 deve equivaler ao rendimento da chamada poupança nova.

Você deve estar se perguntando se não há outra alternativa. Claro que há. Você pode buscar um bom fundo de renda fixa. Imaginando um bom fundo, ele vai render uns 105% da taxa básica de juros, a Selic.

Supondo que a Selic fique por volta de 8,5% ao ano, isso significa rendimento perto de 9%. Tirando a taxa de administração -procure um fundo barato, que cobre 1%-, teremos rentabilidade de 8%.

Sobre esse valor há incidência de Imposto de Renda. Como você vai deixar o dinheiro aplicado por mais de dois anos, a alíquota será de 15%. O resultado é rentabilidade líquida de 6,8% ao ano, ou 0,55% ao mês.

A diferença de 0,05% ao mês vai fazê-lo economizar uns 15 dias -isto é, em vez de chegar aos R$ 100 mil em 52 meses, vai atingi-los em 51 meses e meio. Não vale muito o esforço.

A outra alternativa que você tem é o mercado acionário. Mas ele tem riscos maiores.

Se essa crise mundial se mantiver por alguns anos -e muitos economistas dizem que essa é uma possibilidade grande pela análise dos cenários na Europa, nos EUA e na China-, a Bolsa vai andar de lado e você não vai atingir seus R$ 100 mil.

Somente neste ano, por exemplo, o Ibovespa já acumula queda de quase 4%. Isso depois do recuo de 18,11% no ano passado.

Diante dessas considerações, talvez o melhor seja continuar na poupança.

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PREVIDÊNCIA

Como ficam os rendimentos dos fundos de previdência privada com o corte de juros? Continua a ser um bom investimento?

E.J.S., de São Paulo (SP)

RESPOSTA - Se a taxa de juros cai, ela é reduzida para todos os investimentos, incluindo as ações.

A comparação que é preciso fazer é com outros investimentos. Aí, os produtos de previdência continuam sendo atraentes pela sua principal característica: o benefício tributário.

A postergação do Imposto de Renda para o resgate da aplicação é um benefício muito bom. E vai continuar sendo.

AÇÕES

Estou iniciando no mercado de ações. Não sei se devo contratar um serviço assistido com especialista ou confiar no meu conhecimento, mesmo "quebrando a cara" um pouco para aprender.

F.S., de Ponta Grossa (PR)

RESPOSTA - Analisar uma empresa para comprar ação é um trabalho muito grande.

Não se reduz à análise dos balanços -afinal eles refletem o passado e você quer conhecer o futuro- nem à leitura atenta dos jornais.

Você tem de conversar com todos os que estão no entorno da empresa -dos fornecedores aos consumidores- e avaliar o desempenho de eventuais concorrentes e o cenário econômico. Somente aí vai ter uma visão mais abrangente do negócio e poder decidir se compra ou não as ações.

Analistas de primeira linha fazem isso e muitas vezes erram. O que dizer de quem que não dispõe de seu tempo integralmente para isso. Daí a minha sugestão: procure um bom fundo de ações.

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Eu invisto em:

Francisco Everardo, o Tiririca,
deputado federal

"Gosto de investir em imóveis em São Paulo, no Ceará e no Rio de Janeiro. Pretendo usufruir [dos imóveis] como garantia de aposentadoria"

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