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Commodities

Chevron leva outra multa por vazamento

Agência reguladora deve divulgar no próximo mês valor da autuação por acidente na bacia de Campos há 7 meses

ANP aplica 25 autuações em petroleira dos EUA; lei permite no máximo R$ 50 milhões para cada uma delas

LUCAS VETTORAZZO
DO RIO

Sete meses após o primeiro vazamento de petróleo da Chevron no Brasil, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) vai aplicar uma multa à petroleira norte-americana.

Até julho a agência divulgará o valor a ser pago. A informação foi dada pela diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, durante evento preparatório para a Rio+20.

Segundo Chambriard, a Chevron recebeu 25 autuações da ANP pelo acidente. O valor máximo permitido por lei é de R$ 50 milhões para cada autuação.

Chambriard, que usou a expressão "pagamento pecuniário" em vez de multa, disse que "não há possibilidade de não haver ressarcimento em dinheiro" pelo acidente.

"A conclusão tem de gerar algum tipo de pagamento, além de melhoria da empresa em sua operação no Brasil", afirmou ela.

BARRIS E GOTAS

Em novembro, uma falha na produção no campo de Frade, na bacia de Campos, provocou o derramamento de 2.400 barris de petróleo no mar. Em março, gotas de óleo emergiram de uma área próxima ao poço.

Até agora, somente o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) definiu uma multa -de R$ 50 milhões. A petroleira recorreu.

O Ministério Público Federal indiciou por crime ambiental 17 envolvidos no vazamento, entre eles o presidente da petroleira no Brasil, George Buck.

Chambriard afirmou que não está decidido se a empresa terá de volta o direito de explorar e produzir no campo de Frade. No momento, as operações estão suspensas.

Por meio de nota, a Chevron disse que respondeu "da maneira mais adequada e responsável ao incidente no campo de Frade e tem atuado de forma transparente junto a todas as autoridades".

"A resposta da empresa foi implementada de acordo com a lei, com os mais altos padrões da indústria e em tempo adequado. A fonte do vazamento foi contida em quatro dias e nenhum óleo atingiu a costa brasileira", afirmou a companhia.

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