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Aneel anula contratos do Grupo Bertin

DE SÃO PAULO

Numa decisão inédita no setor elétrico brasileiro, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anulou contratos de venda de energia da Bertin com 20 distribuidoras do país, que aceitaram a suspensão.

Mesmo com a inédita decisão, questionada por parte do governo -como o presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim-, muitas distribuidoras ainda enfrentam o problema de excesso de energia contratada.

Sem a anulação dos contratos, as 20 distribuidoras que adquiriram energia do Grupo Bertin ficariam com sobrecontratação de 4,16%.

A anulação dos contratos reduziu esse excesso para 3,61%. Mas a situação ainda preocupa quando se observam alguns exemplos.

É o caso de distribuidoras como Eletropaulo (SP), Bandeirantes (SP), Energisa (SE), Escelsa (ES), Celtins (TO), Cemar (MA), Cemat (MT) e Cepisa (PI), de longe o caso mais grave.

Com os contratos de compra de energia da Bertin, a Cepisa, distribuidora controlada pela Eletrobras, tinha 23,09% de energia além da demanda, segundo relato do diretor da Aneel Julião Silveira Coelho.

A anulação do contrato com o Grupo Bertin aliviou pouco a situação da concessionária que atua no Piauí. Agora, a Cepisa está com um nível 22,6% de excedente de energia.

O excesso de energia nas distribuidoras, efeito da fuga de consumidores para o mercado livre e da redução da atividade econômica, fez o governo adiar pela segunda vez os leilões para contratação de energia para 2015 e 2017.

Os leilões remarcados para 28 deste mês e 16 de agosto ficarão agora para 11 e 28 de outubro, respectivamente.

A reportagem da Folha tentou falar com a direção da Aneel sobre o problema, mas não obteve resposta.

(AB)

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