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Motel sobe 13% e é vilão da 'inflação dos namorados'

CLAUDIA ROLLI
DE SÃO PAULO

Se você vai comemorar hoje o Dia dos Namorados, prepare o bolso: namorar está cada vez mais caro.

A inflação de 12 produtos e serviços mais procurados por casais está acima do aumento do custo de vida em geral, medido pelo IPC (Índice de Preços ao Consumidor), nos últimos 12 meses.

Pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da FGV mostra que esses itens subiram em média 6,04% de junho de 2011 a maio deste ano, ante inflação geral de 5,06%.

Teatro e hotéis/motéis lideram o ranking das maiores altas: 13,41% e 12,69%, respectivamente. Em seguida, estão roupas masculinas (7,91%), cinema (7,86%) e restaurantes (6,14%).

"Com a redução do desemprego e o aumento da renda, mais pessoas consomem mais serviços. Essa demanda maior pressiona os custos", diz André Braz, responsável pelo levantamento da FGV.

Reajustes salariais concedidos a empregados do setor também têm impacto nos preços dos serviços.

"São categorias que usam como parâmetro, em suas negociações, o aumento real do salário mínimo. E esses reajustes também têm sido acima da inflação."

Em razão dos sinais de desaceleração da economia, a tendência para os próximos meses é que a inflação de serviços cresça menos.

"Se o desemprego aumenta, o otimismo do consumidor muda. As famílias gastam menos. E o setor dos serviços é o primeiro que sofre com os gastos no orçamento", diz.

O economista cita como exemplo os gastos com refeições fora de casa. "Se há menos bonança, as famílias passam a fazer suas refeições em casa e a economizar mais. Isso tem impacto nos custos de bares e restaurantes."

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