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Mudar de aplicação nem sempre vale a pena

Esforço para acompanhar opções trabalhosas deve entrar no cálculo

Para consultor, a busca por aplicação sofisticada dificilmente compensa no caso de quantias
menores que R$ 100 mil

DE SÃO PAULO

Além de computar os custos financeiros de uma aplicação -como taxas e impostos-, o investidor deve levar em conta o esforço pessoal envolvido na escolha.

Isso porque, para pequenas quantias, a diferença de rendimento entre as aplicações pode ser pequena a ponto de não compensar o tempo e a preocupação.

"Movimentar R$ 1.000 de um investimento para outro para conseguir R$ 3 a mais de rentabilidade vale a pena? Talvez seja melhor economizar desligando uma lâmpada ou o computador durante a noite", diz Mauro Calil, educador financeiro.

"Para quantias menores que R$ 100 mil, dificilmente valerá a pena ir em busca de opções muito sofisticadas e trabalhosas de acompanhar."

Para Calil, sair do "bandejão bancário" rumo a alternativas em corretoras e seguradoras já é suficiente para o pequeno investidor melhorar os rendimentos -sempre de olho nas taxas cobradas e negociando com as instituições valores menores.

Fábio Fusco, economista e orientador do INI (Instituto Nacional de Investidores), ressalta que, no longo prazo, os custos da aplicação fazem muita diferença.

"No curto prazo, o investidor pode não perceber o impacto das taxas, mas, no longo prazo, o efeito é significativo. Por isso é importante não abandonar a aplicação."

TRANQUILIDADE

A revisão periódica, no entanto, não significa que se deva sair de um investimento ao primeiro sinal de queda do rendimento, especialmente se o prazo predeterminado estiver longe de expirar.

"Resgatar fora do prazo vai levar a perda de rentabilidade", diz Calil. "Muitas vezes, especialmente na Bolsa, é possível recuperar o que foi perdido investindo mais, e não vendendo as ações. Outras vezes, o melhor é sair da aplicação e assumir as perdas para evitar mais prejuízo."

(CAROLINA MATOS)

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