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Análise Nada é de graça; a questão é quais consumidores vão pagar a conta ANA ESTELA DE SOUSA PINTOEDITORA DE “MERCADO” Não existe sacola gratuita. A questão é quais consumidores vão pagar a conta. Os supermercados, sabe-se, são empresas como as outras: vivem de lucros e não têm por que aumentar custos. Sacolinhas serão tão gratuitas quanto iluminação, estacionamento ou empacotadores: está tudo incluído no preço dos produtos. Falta decidir se cada cliente arca apenas com o que usar ou se todos bancam igualmente a comodidade desigualmente usufruída. Em algumas lojas, os sem-carro pagam para os motorizados estacionarem. Quem leva sua sacola deve patrocinar o conforto de quem não leva? É uma decisão sobre partilha do custo, travestida de defesa do consumidor ou do ambiente. Mesmo que sejam ecológicas as embalagens ditas gratuitas, quem escolhe qual modelo usar e quanto pagar? Cada um decide por si? Justiça e lojas decidem por todos? A sociedade pode preferir uma ou outra opção. Mas seria saudável para o debate fugir do discurso populista e dar o nome certo aos bois. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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