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Após tensão, Brasil e Argentina fecham 'acordo de cavalheiros'

Sem derrubar travas, países ensaiam facilitar o fluxo de produtos

Enrique Marcarian/Reuters
Cristina Kirchner cumprimenta Dilma com retrato de Lula
Cristina Kirchner cumprimenta Dilma com retrato de Lula

CAROLINA VILA-NOVA
CAROLINA VILA-NOVA

Após tensas negociações, os governos do Brasil e da Argentina fecharam ontem um "acordo de cavalheiros" numa tentativa de levantar as travas no comércio bilateral.

As conversas, paralelas ao encontro de cúpula do Mercosul em Mendoza, duraram quatro dias e chegaram perto de ruptura anteontem.

Fracassou a ideia de fechar um acordo abrangente e duradouro. O compromisso acertado é facilitar, a partir dos próximos dias, o fluxo de produtos hoje sujeitos a licenças não automáticas.

A movimentação será continuamente averiguada pelos dois lados, que farão reuniões periódicas de avaliação. Não foram definidos os produtos liberados nem em que ritmo nem quando.

As tratativas foram lideradas pelas secretárias de Comércio Exterior da Argentina, Beatriz Paglieri, e do Brasil, Tatiana Prazeres. Ontem, participou também o ministro brasileiro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel.

Segundo uma fonte próxima às negociações, na quinta-feira, os brasileiros ameaçaram se retirar da mesa diante da dureza de Paglieri, que estaria "alterada".

Desde fevereiro, a Argentina exige que os importadores argentinos peçam permissão antecipada para comprar produtos de outros países, aguardem a aprovação, que pode não ocorrer, e somente depois disso tenham acesso à mercadoria importada.

Como retaliação às travas, o Brasil vem restringindo desde maio a entrada de dez produtos entre os mais vendidos pelo país vizinho para compradores brasileiros.

Brasil e Argentina acordaram também rediscutir, a partir de julho, o acordo automotivo bilateral. A ideia é incrementar a produção comum de veículos e peças na região.

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