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Vaivém MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br Chuva reduzirá o lucro de cafeicultores de MG O cafeicultor mineiro terá sua rentabilidade prejudicada pelas chuvas que atingiram os cafezais em junho, no início do período de colheita. Os produtores deverão lucrar entre 15% e 20% menos do que em condições climáticas normais, segundo estimativa preliminar da Emater, empresa de assistência técnica rural ligada ao governo de Minas Gerais. Da produção total do Estado, entre 20% e 30% devem ser perdidos ou ficarão com a qualidade muito baixa, segundo Julian Carvalho, coordenador-técnico da Emater. As regiões mais afetadas foram o sul do Estado e a zona da mata mineira. Produtores do sul de Minas afirmam que o volume de chuvas em junho foi dez vezes maior do que a média histórica. As precipitações derrubaram boa parte do café dos pés, comprometendo o uso do grão para bebida, pois ele pode ser atacado por fungos. "Um café que era de boa ou ótima qualidade ficou ruim, com padrões mínimos de classificação para a comercialização", diz Carvalho. Segundo um produtor da região de Guapé, sul do Estado, parte de sua produção, que poderia ser vendida a R$ 400 por saca (padrão exportação) conseguirá, no máximo, R$ 200 por saca. O prejuízo fica ainda maior considerando um provável aumento de custos. Para retirar o café do chão, muitas vezes é preciso mão de obra adicional, segundo Carvalho. José Eduardo Santos Júnior, superintendente da Cooxupé, diz que a principal preocupação dos produtores é colher o café que está nos pés, para preservar a qualidade dos grãos. "O café do chão possivelmente ficará para o final da colheita." A expectativa sobre a qualidade da safra do Brasil, maior produtor mundial, elevou o preço do café na Bolsa de Nova York e no mercado interno nas últimas semanas. Reflexo Os danos da chuva à safra brasileira de café contribuem para a alta de 13% do grão nos últimos 30 dias em Nova York. Na semana, a valorização foi de 3%. Mercado interno Os preços também sobem no país. Nesta semana, a saca de 60 quilos de café avançou 4%, para R$ 396 em média, segundo pesquisa da Folha. Em 30 dias, a alta é de 8%. Álcool em queda O preço do álcool caiu 1% nos postos de São Paulo nesta semana, para R$ 1,81 o litro, indica levantamento da Folha. É a 11ª semana de retração. Na usina O valor do etanol hidratado nas usinas paulistas também recuou 1% na semana, para R$ 1,06 o litro, segundo o Cepea. Com o avanço da colheita de cana, o preço pode voltar a cair na bomba. Novo líder A Ucrânia se tornou, em junho, o principal importador da carne suína brasileira, com 27% do total. Na segunda posição aparece a Rússia, que mantém o embargo a Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso. Sem mercado O resultado reflete a falta de opção do produtor no mercado externo, diz Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs. As licenças para exportação à Argentina, segundo ele, voltam lentamente. Efeito O preço médio de exportação da carne suína caiu 7% no primeiro semestre. A Ucrânia substituiu os embarques antes destinados à Rússia, mas paga um preço inferior pelo mesmo produto. DE OLHO NO PREÇOCOTAÇÕES Chicago Soja (US$ por bushel) 16,20 Milho (US$ por bushel) 7,43 Mercado interno Trigo (R$ por saca) 27,53 Feijão (R$ por saca) 146,67 Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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