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Em crise, suinocultores devem ter dívidas prorrogadas pelo governo

Produtores também terão linha de crédito com juros mais baixos

DE BRASÍLIA

Diante do agravamento da crise na suinocultura, o Ministério da Agricultura deve anunciar, entre hoje e amanhã, medidas de auxílio aos produtores.

Conforme a Folha apurou, as medidas incluem a prorrogação das dívidas dos suinocultores e a criação de uma linha especial de crédito.

Os detalhes ainda serão submetidos à análise do Ministério da Fazenda, em reunião agendada para hoje.

No caso das dívidas, serão prorrogados os débitos já vencidos relacionados a custeio e investimento. Também serão atingidas pelo benefício as dívidas que estiverem por vencer. A prorrogação será por mais um ano.

O governo também quer oferecer uma linha de crédito especial aos suinocultores, com juros mais baixos.

Até a noite de ontem, os cálculos indicavam um volume superior a R$ 100 milhões em oferta de crédito.

As medidas são consideradas pelo governo como "emergenciais" devido ao agravamento da crise. Em breve, o Ministério da Agricultura estuda aperfeiçoar o pacote de socorro, criando um prêmio de escoamento de produto (PEP), para garantir um preço mínimo.

A crise que atinge a suinocultura se deve, basicamente, à elevação dos custos de produção e à baixa remuneração dos produtores. Os suinocultores vendem o quilo da carne entre R$ 1,60 e R$ 1,70, mas gastam entre R$ 2,50 e R$ 2,60 para produzi-lo.

Um dos Estados mais atingidos pela crise é Santa Catarina. Os baixos preços e o aumento nos custos de produção provocaram perdas de R$ 454 milhões aos suinocultores catarinenses em 18 meses, segundo a ABCS (Associação Brasileira dos Criadores de Suínos).

Dependentes da atividade, 20 municípios decretaram estado de emergência.

(KELLY MATOS)

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