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Criado no Brasil, produto só obtém vendas no exterior

DE SÃO PAULO

Inovar em parceria no Brasil é difícil, mas o que vem depois pode ser pior ainda.

Para o empresário Luís Felipe Ferreira Barroso, diretor da Ecovec, a negociação da patente conjunta com universidade e governo foi só o primeiro obstáculo na comercialização dos seus produtos.

Uma das suas principais inovações, o MI Dengue, é exportada para os governos de cerca de dez países, como Colômbia e Austrália. É um sistema com GPS que monitora as populações do Aedes aegypti em uma determinada localidade para visualizar se ações públicas contra a dengue estão surtindo efeito.

Outras exportações estão sendo negociadas, por exemplo com o Ministério de Saúde do Paraguai. São elas que dão corpo à receita da empresa (R$ 2,7 milhões em 2011).

"Vendo para a Austrália, mas aqui no Brasil eu não consigo comercializar o meu produto em nível federal. Tenho acordos apenas com alguns municípios."

"Isso não faz sentido, já que a inovação foi desenvolvida em parte com dinheiro público federal [em parceria com a UFMG] e a dengue é um problema sério no país."

De acordo com o Ministério da Saúde, no primeiro semestre de 2012 (janeiro a junho) foram registrados 431.194 casos de dengue no país. Quase metade dos casos está na região Sudeste.

Na opinião de Mario Borges Neto, presidente da Fapemig, a Ecovec é um exemplo de empresa de base tecnológica inovadora "sobrevivente" em um ambiente com tantas barreiras.

"Mas infelizmente ela é uma exceção." (SR)

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