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GM anuncia o fim do Corsa em São José

Modelo é o terceiro a ter a produção descontinuada em fábrica da cidade; sindicato teme demissão de 2.000

Empresa firmou compromisso de não demitir até o próximo encontro com a categoria, em agosto

DE SÃO PAULO
DE BRASÍLIA

Em reunião de mais de três horas, a direção da General Motors informou ontem ao Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos o fim da produção do Corsa na fábrica do município.

A linha que produzia quatro modelos -Meriva, Corsa, Zafira e Classic- até o começo do mês será reduzida à fabricação do último apenas.

Para o sindicato, a decisão confirma a intenção da empresa de fechar a unidade e acabar com até 2.000 postos de trabalho.

A montadora se comprometeu a não demitir até novo encontro, em agosto, quando espera receber nova proposta da categoria.

"Vamos ter excedente de pessoal, sem dúvida. É em cima desse excedente que pedimos a proposta. Esperamos uma solução adequada", diz o diretor de relações institucionais da GM, Luiz Moan.

Segundo ele, a manutenção da linha com o Classic apenas traz um "ônus grande" para a empresa.

As ameaças de demissão não foram bem recebidas pelo governo e podem inviabilizar a prorrogação do corte de IPI, que termina no próximo mês.

A palavra final será de Guido Mantega (Fazenda), em férias nesta semana.

O governo aceita remanejamento de vagas por parte da montadora, mas sem redução final de empregos.

"O governo se limitou a intermediar a conversa. Vamos pedir uma intervenção", diz o presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros.

(REYNALDO TUROLLO JR., GABRIEL BALDOCCHI E VALDO CRUZ)

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