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No primeiro balanço, Facebook anuncia prejuízo de US$ 157 mi

Após divulgação do resultado, ação era negociada no valor mais baixo desde a abertura de capital

Rede precisa provar que pode gerar receita; para analista, falta confiança em saber se publicidade é eficaz

FERNANDA EZABELLA
DE LOS ANGELES

No primeiro balanço desde sua oferta pública de ações, em maio, o Facebook voltou a decepcionar os investidores.

A rede social registrou um prejuízo líquido de US$ 157 milhões, sob impacto dos gastos da abertura de capital.

A receita, no entanto, subiu 32%, para US$ 1,18 bilhão, um pouco acima das expectativas do mercado.

Antes do anúncio, as ações da empresa fecharam em queda de 8,5%, a US$ 26,84. Nas negociações pós-pregão, continuaram em queda e, às 21h27, valiam US$ 23,97

-recuo de 10,71% e o menor valor desde o primeiro pregão, em 18 de maio.

Desde a estreia na Nasdaq, a US$ 38, as ações acumulam perda de 29% -considerando o fechamento de ontem.

A empresa de Mark Zuckerberg também disse estar próxima de alcançar 1 bilhão de usuários. Hoje, são 955 milhões de contas ativas, ante 901 milhões em março.

O balanço veio na esteira de resultados ruins do setor de tecnologia nesta semana, incluindo Apple e Intel. Um dia antes, a fabricante de jogos on-line Zynga, responsável por 12% da receita do Facebook em 2011, apresentou lucros abaixo do esperado, o que fez suas ações caírem 40% e prejudicou a performance da rede social ontem.

O presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, 28, que começou a empresa em seu dormitório em Harvard oito anos atrás, participou do anúncio e afirmou que seu objetivo é manter foco nas prioridades da empresa: serviço móvel, plataforma e publicidade social.

Geração de receita é a grande pergunta dos investidores para o Facebook, que vem tentando provar ao mercado um jeito eficiente de lucrar com seu maior tesouro: as informações pessoais de seus usuários.

A empresa está testando formas diferentes de propaganda on-line, que fizeram a General Motors voltar a negociar com a rede social, de acordo com o "Wall Street Journal".

Dias antes da oferta pública, a fabricante de carros havia retirado seus US$ 10 milhões de anúncios do site.

FALTA DE CONFIANÇA

"Há uma falta de confiança das empresas em saber como funciona, qual o resultado efetivo das ferramentas de publicidade do Facebook", disse à Folha o vice-presidente de comunicação da agência de análise eMarketer, Clark Fredricksen.

"Mas os resultados mostraram que há empresas grandes animadas."

Outra dúvida dos analistas é sobre os planos do Facebook para dispositivos móveis, já que metade de seus usuários ativos usa celulares para acessar a rede.

Reportagem de ontem da agência Bloomberg, sem citar os nomes das fontes, afirmou que a gigante social planeja lançar um celular com a HTC em meados de 2013.

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