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País vive 'apagão' de gestão empresarial

DE SÃO PAULO

Sem conhecer a concorrência e o mercado em que pretende atuar, não há como atrair clientes. Sem atrair clientes, não há como ter capital para manter as portas abertas.

O que parece óbvio ainda é o principal motivo que leva as empresas a fechar as portas: falta de planejamento financeiro e estratégico.

"Assim como se fala em apagão de mão de obra, no país há também o apagão de gestão empresarial. A competição é acirrada, as mudanças tecnológicas, constantes. Não há como se manter no mercado se você não entende o seu negócio", diz Luiz Barretto, presidente do Sebrae.

Marcelo Nakagawa, coordenador do centro de empreendedorismo do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), concorda. "Tem de colocar no papel os custos, os equipamentos necessários, seguir um plano de negócios, elencar clientes, conhecer concorrentes, fornecedores, a estrutura de produção, de custos. Muita gente pensa que é investir e pronto", diz o professor. "Uma pessoa leva até os 20 e poucos anos para conseguir aprender a se sustentar financeiramente e pagar suas contas. Com uma empresa, não é diferente. Tem um tempo para isso."

AMIGOS x NEGÓCIOS

Entre os motivos que levam as empresas a fechar as portas também está o conflito entre os sócios.

"Há momentos de paz e de guerra. O mais indicado é fazer um contrato, mesmo que seja de gaveta, esclarecendo as responsabilidades e as obrigações de cada um", afirma o professor.

Enquanto os sócios ficam brigando para ver quem tem a maior participação, a empresa não tem dinheiro nem para pagar as contas, diz Nakagawa.

EMPRESA X EMPRESÁRIO

Além de separar as funções de cada sócio, a recomendação é para que os empreendedores separem o patrimônio da empresa do pessoal.

Seis em cada dez empresas que fecham as portas perdem recursos e parte dos empreendedores não consegue recuperar o investimento.

Em São Paulo, dados divulgados em agosto de 2010 pelo Sebrae-SP mostram que a perda em média era de R$ 26,4 mil.

A maioria dos empreendedores que encerram seu negócio volta ao mercado como empregado com carteira assinada.

(CR)

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