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Greve para a Dutra e afeta o preço dos alimentos

Produtos básicos, como tomate e batata, sobem com escassez no Rio

Categoria protesta contra lei que instituiu o controle de jornada de trabalho; ministro diz que regra será mantida

Pablo Jacob/Agência "O Globo"
Congestionamento na via Dutra, na altura de Barra Mansa, no Rio; greve de caminhoneiros faz preço de alimentos subir
Congestionamento na via Dutra, na altura de Barra Mansa, no Rio; greve de caminhoneiros faz preço de alimentos subir

DO RIO
DE CURITIBA

Principal ligação entre São Paulo e Rio de Janeiro, a rodovia Presidente Dutra ficou parcialmente interrompida ontem por causa da greve dos caminhoneiros.

Os caminhões carregados de alimentos perecíveis -batata e tomate, principalmente- que deveriam chegar à capital fluminense não chegaram. Com a baixa oferta, o preço da batata chegou a subir até 150% em um dia.

Até as 18h de ontem, a greve dos caminhoneiros causava congestionamento de 23 quilômetros no sentido SP-Rio e de 14 quilômetros no sentido inverso.

Na Ceasa-Rio, a saca de batata (60 kg) foi cotada ontem a R$ 100. Antes, o preço não passava de R$ 40. O tomate, cuja expectativa era de queda com a entrada da safra paulista, não teve o preço reduzido. A caixa de 22 quilos era negociada a R$ 120.

A direção da Ceasa fará levantamento hoje para saber o impacto real da greve sobre os preços dos alimentos. O temor é que os preços da laranja, do limão, da banana, da cenoura e dos ovos também subam devido à greve.

Atualmente, a Ceasa-Rio comercializa cerca de 5.000 toneladas de produtos hortifrutigranjeiros por dia. Por mês, o comércio movimenta cerca de R$ 1 bilhão. Ao todo, são 600 empresas e 1.500 pequenos fornecedores.

EFEITOS

Transportadoras do Sul e do Sudeste alertam para o desabastecimento se a greve se prolongar. Por enquanto, o movimento afeta algumas regiões. Os caminhoneiros protestam contra mudanças legais e regulatórias feitas pelo governo e pela ANTT (agência de transportes). Entre as queixas está o controle de jornada de trabalho.

O ministro do Trabalho, Brizola Neto, disse que a lei dos caminhoneiros é um avanço e favorece a segurança nas estradas. Ele disse que a lei não será "derrubada".

"Para solucionar o conflito, nós vamos conversar com o setor. É possível flexibilizar, mas não retroagiremos na legislação. A lei é uma avanço", disse o ministro.

Colaborou CLAUDIA ROLLI, de São Paulo

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