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GE já tem equipe em ação para a Olimpíada do Rio, diz executivo

Empresa ultrapassou US$ 1 bi em vendas nos últimos 4 torneios

RODRIGO RUSSO
DE LONDRES

Jeff Immelt, 56, diretor-executivo da GE, diz que o grupo que lidera desde 2001 se esforça para ser "uma boa empresa americana", mesmo quando mais de metade de suas receitas hoje advêm das operações internacionais.

Em entrevista exclusiva à Folha, em um centro de hospitalidade para convidados da empresa nos Jogos Olímpicos -dos quais a GE é parceira-, Immelt afirma que patrocinar a maior competição esportiva do mundo traz benefícios para a reputação e permite avançar e desenvolver soluções tecnológicas.

Ontem, a empresa anunciou que ultrapassou US$ 1 bilhão em vendas de infraestrutura nos últimos quatro Jogos Olímpicos, com os quais trabalha desde 2006. Em Londres, os valores chegaram a US$ 100 milhões.

Para a edição de 2016, sediada pelo Rio, a GE já tem um time com cerca de 20 pessoas, que trabalha em soluções de saúde e em inovações para os estádios olímpicos da cidade. No ano passado, a empresa inaugurou um centro de pesquisa no Rio.

Immelt destaca que os países emergentes "são um foco consistente de nossa atuação. Somos uma grande empresa de infraestrutura, e esses países estão fazendo investimentos nessa área. Se pensarmos no Brasil, por exemplo, ainda há deficit de eletricidade e na área de saúde. São investimentos que terão de ser feitos e dos quais podemos ser bons parceiros".

O executivo, que preside o Comitê para Criação de Empregos e Competitividade da Casa Branca, faz questão de ressaltar que também "torce para um sólido mercado americano. Ainda gostamos dos EUA da mesma forma".

O economista Paul Krugman havia criticado Immelt por dar a entender que o que era bom para a GE também era bom para os EUA. O executivo declarou que queria que os cidadãos americanos apoiassem a GE da mesma forma que "todos na Alemanha apoiam a Siemens e no Japão apoiam a Toshiba".

À Folha, Immelt disse que "depois de quase cem anos, em quase todos os negócios em que atuamos, somos a última empresa americana. Não temos mais competidores americanos, disputamos com Siemens, Hitachi, Toshiba e empresas chinesas".

Para o conselheiro do presidente Obama, a estimativa de crescimento de 1,5% do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA no segundo trimestre ainda deixa a desejar: "Não é compatível com nossas expectativas".

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