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Começa quente julgamento por patentes entre Apple e Samsung

FERNANDA EZABELLA
DE LOS ANGELES

E-mails e documentos comprometedores marcaram o início do julgamento na corte federal de San Jose, cidade californiana apelidada de "capital do Vale do Silício", onde Apple e Samsung duelam em torno de meia dúzia de patentes de smartphones e tablets, num processo que deve durar mais de um mês.

A Apple pede indenização recorde de US$ 2,5 bilhões. Segundo seu advogado Harold McElhinny, a coreana vendeu nos EUA 22 milhões de produtos "usando nossa propriedade intelectual".

A Samsung, que vendeu três vezes mais smartphones que a rival no trimestre passado, nega as acusações, diz que a Apple copiou um celular da Sony ao lançar o iPhone e a acusa de infringir patentes de tecnologia móvel.

As duas gigantes têm cerca de 50 processos de patentes espalhados em dez países desde abril de 2011, quando a Apple resolveu processar a Samsung, sua parceira comercial, devido a similaridades entre aparelhos da série Galaxy e iPhones e iPads.

Em Londres, um juiz decidiu a favor da Samsung em julho. Os produtos da coreana não são "tão cool" como os da rival, segundo ele.

"Os consumidores não precisam se preocupar pois as empresas têm dinheiro para pagar os litígios sem afetar os preços de seus produtos", disse à Folha o especialista em propriedade intelectual Florian Mueller, autor do blog especializado Foss Patents.

Ontem, McElhinny mostrou documentos internos que circularam pela Samsung após a Apple lançar o iPhone, em 2007, que dizia que o celular era "fácil de copiar".

"É mais fácil copiar do que inovar. A Apple já tinha arriscado", disse o advogado.

Já a Samsung apresentou e-mails da rival, incluindo um enviado a Jonathan Ive, o principal designer da Apple, e ao próprio Steve jobs que dizia no começo de 2006 que celulares deveriam ser " parecidos com os da Sony".

"A Apple não inventou o design", disse o advogado Charles Verhoeven, referindo-se a iPhones e a iPads. "Isto é desenvolvimento de tecnologia para o que as pessoas queriam. Toda a indústria foi nesta direção. É competição, não cópia ou violação."

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