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Finanças pós-férias pede plano de ação e dose extra de planejamento

Especialistas sugerem troca de dívida com juro alto por baixo

TONI SCIARRETTA
MARIA PAULA AUTRAN
DE SÃO PAULO

As férias acabaram, a vida voltou ao normal e chegou a fatura do cartão de crédito.

Quem não separou um dinheiro extra para as contas e os imprevistos, que costumam ocorrer nos períodos de descanso, poderá ter dificuldades para recompor o caixa.

O desafio é maior para os assalariados que receberam adiantado as férias, tiveram a falsa impressão de sobra no orçamento e voltaram ao trabalho neste mês sem receber o salário de julho.

Para quem tem contas a mais para pagar e dinheiro a menos para receber, os especialistas recomendam apertar o cinto momentaneamente, mexer nas economias e priorizar os pagamentos mais urgentes para evitar entrar no rotativo do cartão de crédito ou no cheque especial.

Rolar dívida com juros altos é a pior alternativa.

"Qualquer pessoa pode reduzir em 20%, sem dificuldades, os gastos variáveis como alimentação, lazer e presentes. É melhor fazer isso agora do que comprometer o resto do ano e se lamentar das férias", diz o educador financeiro Reinaldo Domingos.

Se mesmo assim não for possível reequilibrar o caixa, a solução é conversar com o gerente e pedir um empréstimo emergencial com juros menores, como o crédito consignado (desconto em folha) ou pessoal -para saldar as dívidas mais caras.

"A pessoa que voltou das férias tem de fazer um balanço financeiro da sua situação. Ela tem de verificar qual vai ser a receita que terá no começo deste mês e fazer o mesmo cálculo em relação às despesas", diz Fábio Moraes, diretor de educação financeira da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).

No caso de a conta ficar negativa, Moraes sugere negociar com credores a possibilidade de prorrogar alguns pagamentos ou o vencimento de um boleto. A maioria dos prestadores de serviço tem flexibilidade e está acostumada com dificuldades momentâneas de caixa dos clientes.

"Para não acontecer isso de novo, é importante aprender a lição e ter o controle das contas. Quem faz esse controle nunca fica em situação ruim", diz Moraes.

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