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iPhone, 'projeto roxo', foi criado no 'Clube da Luta'

FERNANDA EZABELLA
DE LOS ANGELES

Enquanto um júri na Califórnia tenta decidir se a Samsung copiou ou não aparelhos da Apple, testemunhas do julgamento dão detalhes curiosos sobre como as duas empresas fabricam seus celulares, que juntos somam quase metade das vendas mundiais.

Scott Forstall, diretor de software da Apple, disse ao júri que inicialmente o iPhone se chamava "Purple Project" (projeto roxo) e que havia um espaço no escritório em Cupertino para discutir o assunto, chamado "Dormitório Roxo", trancado a sete chaves e com câmeras por todos os lados. Na porta, o aviso: "Clube da Luta".

"A primeira regra do Projeto Roxo era que ninguém poderia falar sobre o assunto fora desse espaço", disse ele, fazendo referência às regras do filme de 1999.

Ao ser questionado pelo advogado da Samsung, o executivo admitiu que em 2008 a equipe desmantelava celulares de rivais, incluindo a coreana, para tentar resolver o problema de chamadas que caíam.

Outro funcionário veterano da Apple, o designer Chrisopher Stringer, apresentou diversos rascunhos do iPhone e protótipos bem diferentes da versão final. Segundo ele, o celular era tão inovador que até Steve Jobs tinha dúvidas se seria viável comercialmente.

Phill Schiller, diretor de marketing, disse que a empresa gastou mais de US$ 1 bilhão com publicidade do iPhone e do iPad entre 2007 e 2011. Ele contou que fez pesquisas de mercado, contrariando a lenda propagada por Jobs de que a Apple não usava tais estratégias.

No julgamento, que começou na semana passada em San Jose (EUA) e deve durar um mês, a Apple acusa a Samsung de copiar o iPhone e pede US$ 2,5 bilhões em danos.

A principal linha de defesa da coreana é que a Apple não inventou sozinha diversos recursos, como a tela sensível ao toque, que viria de um celular da Sony.

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