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SP e Rio puxam a queda da produção industrial do semestre Fabricação de veículos recua 40% no Rio; no sentido oposto, setor cresce 9,2% em Goiás MARIANA CARNEIRODE SÃO PAULO O desempenho da indústria no primeiro semestre do ano foi ainda mais negativo nos maiores Estados do país. Segundo o IBGE, a produção da indústria recuou 7,1% no Rio e 5,9% em São Paulo entre janeiro e junho ante o mesmo período do ano passado. Na média nacional, o setor encolheu 3,8%. Ambos os Estados foram muito afetados pela queda na produção de automóveis e de caminhões. Mas o resultado não ficou restrito a esse setor. No Rio, segundo a Firjan (federação das indústrias), a produção do setor automotivo caiu 40% no semestre. O recuo foi mais intenso do que a média nacional (-18%). O gerente de estudos econômicos da entidade, Guilherme Mercês, afirma que, além da diminuição na fabricação de automóveis, a produção de caminhões sofreu no início do ano, o que explica o quadro pior no Rio. A menor produção de aço e no refino de petróleo e álcool também afetou o desempenho da indústria no Estado. O refino representa um quarto da indústria fluminense e, até maio, tinha reduzido a produção em 3,6%. Em junho, houve uma aceleração e, com isso, a atividade fechou o semestre com a produção praticamente igual à do mesmo período de 2011. Já a produção do setor metalúrgico encolheu 4,1%. "Nossos indicadores ainda não mostram sinal de retomada da indústria do Estado", diz. "Acredito que haverá recuperação nos próximos meses, mas gradual e insuficiente para colocar a indústria em terreno positivo neste ano." Em São Paulo, segundo o indicador de atividade da Fiesp, a indústria encolheu 6,4% no semestre, com destaque para perdas da produção de alimentos e de metalurgia. E o empresário não parece confiante na retomada. ANIMAL FERIDO "Esperávamos uma resposta positiva da indústria, mas a verdade é que o animal está ferido. Houve um período longo de desestímulos", diz o economista Paulo Francini. Em junho, contudo, o IBGE apontou que a produção no Estado cresceu 1% ante maio. Para o economista Júlio Gomes de Almeida, do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento da Indústria), o resultado é positivo. "São Paulo tem uma indústria bastante diversificada e, se voltou a crescer, pode ser um sinal de recuperação." Na situação oposta está Goiás, cuja produção da indústria cresceu 9,2%. Segundo Wellington Vieira, coordenador técnico da Federação das Indústrias do Estado, o setor gerou 35 mil novos postos de trabalho no semestre, puxado pela produção de remédios e de materiais de construção. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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