Governo exige de bancos nova redução dos juros

Em nova rodada de reuniões com representantes dos principais bancos do país, o ministro Guido Mantega (Fazenda) cobrou ontem reduções adicionais nas taxas de juros, até como forma de reduzir o calote.

Segundo a Folha apurou, o governo admitiu que o setor financeiro repassou aos consumidores um pouco mais do que os 4,5 pontos percentuais de queda da taxa básica, a Selic, de agosto de 2011 para cá, mas deixou claro que isso não é suficiente.

Em outras palavras, a avaliação é que ainda há gordura para queimar.

Novas quedas nas taxas de juros, afirmou Mantega aos executivos, além de aumentar o acesso a financiamentos, permitiriam reduzir a inadimplência, que em julho parou de subir, mas ainda está no segundo maior nível da série histórica, de 2000.

A reunião teve a participação de executivos de nove instituições financeiras, além do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

"A economia vai retomar e vamos ter um segundo semestre muito melhor do que o primeiro", disse Jorge Hereda, presidente da Caixa.

"Esse é o pensamento de todos que estiveram na reunião."