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Ação do Facebook acumula queda de 48%

Enxurrada de papéis após vencimento de prazo que grupo de investidores tinha para retê-los traz mais desvalorização

Venda de papéis é outro fator de pressão sobre uma empresa que não consegue mostrar fonte de receita a investidor

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Facebook, uma empresa com valor de mercado próximo aos US$ 100 bilhões há três meses, vale hoje cerca de US$ 50 bilhões.

As ações da rede social caíram ontem ao menor nível desde a sua abertura de capital na Bolsa de tecnologia Nasdaq, em maio.

A cotação do papel fechou em US$ 19,9 praticamente a metade do valor na estreia na Bolsa (US$ 38).

A desvalorização de 6,3% no pregão de ontem foi provocada por uma enxurrada de ações na Bolsa. Um grupo de investidores tinha a data como vencimento para o prazo mínimo que deveriam ficar com o papel após a oferta pública da empresa.

A condição valia para uma soma total de 271 milhões de ações, um acréscimo de 60% no número de papéis disponíveis para negociação.

O volume movimentado ontem, de 160 milhões de ações, foi o terceiro mais alto desde a estreia da empresa.

O vencimento de prazos semelhantes ao de ontem deve provocar mais estragos na companhia ao longo dos próximos meses.

Cerca de 2 bilhões de ações enquadradas nessas condições ficarão disponíveis para a venda, 1,2 bilhão apenas em um dia de novembro, boa parte de funcionários da própria companhia.

Os pacotes de novos papéis são mais um fator de pressão sobre as ações, que já caíam mais de 40% até a semana passada.

O desempenho já é o pior registrado entre grandes ofertas públicas na Bolsa, de acordo com levantamento da Bloomberg.

Investidores questionam a capacidade da empresa de manter o forte ritmo de crescimento das receitas registrado nos últimos anos.

Outro fator de dúvida é a ineficiência em lucrar com negócios voltados para dispositivos móveis.

O Facebook tem hoje quase 1 bilhão de usuários. No último trimestre, a rede registrou prejuízo US$ 157 milhões. O desempenho foi afetado pela redução no ritmo de avanço nas receitas e pelo aumento de custos.

"O Facebook enfrenta dificuldades em apresentar ao mercado garantias de que pode gerar grande lucratividade. Não há muitos convencidos", afirma o analista JJ Kinahan.

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