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Vaivém das Commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Demanda por grãos leva asiáticos à logística

O abastecimento alimentar mundial, que tinha saído um pouco do foco das discussões, voltou a constar da pauta de empresas e governos.

Um desses sinais foi a circulação, nesta semana, de grupos estrangeiros pelas principais regiões produtoras do Brasil. Estão interessados em parcerias com produtores para a garantia de cereais.

Esses grupos estão interessados na "originação" de grãos -ou seja, a garantia de alimentos. Demorou, mas os estrangeiros aprenderam que o problema no Brasil não é produzir alimentos, mas colocá-los nos portos.

Diante desse cenário, cada país interessado em comprar grãos adota políticas diferentes por aqui. Os chineses, os mais preocupados com o abastecimento, devido à forte demanda interna, foram um dos primeiros a se interessar pelo país.

Inicialmente, queriam plantar e exportar a própria produção. Legislação desfavorável à compra de terras e falta de conhecimento na lavoura os levaram a pensar mais na logística do que na produção.

Com um sistema de transporte eficiente, elevariam a renda dos produtores e teriam um volume maior de grãos nos portos. É o caminho que querem seguir.

Os coreanos, que também tiveram missões circulando pelo país, tomam um rumo diferente: produzir a própria carne por aqui.

Diante das dificuldades da retirada de grãos, as empresas encurtariam caminho levando o produto final, como carnes, em vez de grãos.

A intenção deles é investir em frigoríficos. Isso seria um passo importante para o Brasil, que luta para a abertura do mercado coreano às carnes brasileiras.

Já os japoneses, que têm vários grupos interessados na compra de grãos no país, querem parcerias com grandes produtores. O objetivo é abastecer não só o mercado japonês, mas também Malásia, Indonésia e Hong Kong.

Com avaliações detalhistas, os japoneses colocam na ponta do lápis as estimativas de produção e de exportação. Viram que há um forte gargalo nos portos e que as contas não fecham. Também perceberam que vão ter de investir em logística se quiserem participar desse mercado.

Ponto máximo O IPA (Índice de Preços por Atacado) agrícola pode ter chegado ao limite de pressão, na avaliação da consultoria LCA. Após ter atingido 1,94% no IGP-10 de julho, subiu para 6,23% no deste.

O que sobe Milho, soja, arroz, uva, café, suínos e aves estão entre os produtos que puxaram as elevações de preços, segundo a consultoria.

Seca Agricultores do oeste da Bahia, região caracterizada por grandes produtores, vão destinar 1 milhão de toneladas de milho a pequenos produtores do Estado afetados pela seca.

União O volume arrecadado até agora é de 800 mil toneladas, e o cereal já está sendo enviado para a alimentação do gado dessas regiões secas. Empresas de transporte se uniram aos produtores, providenciando o transporte.

Algodão A CTNBio aprovou a segunda geração do algodão transgênico da Monsanto que combina resistência a pragas e tolerância ao herbicida glifosato.

No destaque De 40 a 50 rótulos de vinhos brasileiros serão comercializados na rede Central Market de supermercados do Texas no ano que vem. Todo ano a rede coloca em destaque o vinho de um país produtor.

Suco A próxima safra de laranja da Flórida cresce 7%, segundo analista do setor. A estimativa fez o preço do suco de laranja recuar 4% em Nova York.

DE OLHO NO PREÇO

COTAÇÕES

Mercado interno

Boi

(R$ por arroba)91,00

Suíno

(R$ por arroba)64,30

Nova York

Açúcar

(cent. de US$)*20,15

Algodão

(cent. de US$)*72,37

  • por libra-peso
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