Índice geral Mercado
Mercado
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Dilma aperta funil para sócios da Infraero em Galeão e Confins

Governo estuda exigir porte sete vezes maior que o do leilão de Guarulhos, Viracopos e Brasília

Candidatos devem ter experiência em aeroportos com no mínimo 35 milhões de passageiros por ano

VALDO CRUZ
DIMMI AMORA
DE BRASÍLIA

A equipe de Dilma trabalha num modelo que deve multiplicar por oito, em relação ao primeiro leilão, a exigência de porte de um futuro sócio da Infraero na administração dos aeroportos do Galeão (RJ) e Confins (MG).

Há dois projetos em estudo. Um fixa experiência comprovada na operação de aeroportos com movimento de pelo menos 35 milhões de passageiros por ano. O outro, de ao menos 45 milhões.

Dilma se inclina por alterar o modelo adotado na privatização dos aeroportos de Guarulhos (SP), Viracopos (Campinas) e Brasília. Nele, a Infraero, estatal que administra os aeroportos do país, ficou minoritária (49%).

Agora, ela encomendou um modelo em que a Infraero seria majoritária numa subsidiária (Infrapar), que administraria Galeão e Confins e ficaria com as participações da estatal nos três aeroportos privatizados.

O governo escolheria -via licitação- um sócio para a Infraero na Infrapar, com experiência na administração de grandes aeroportos.

Para convencê-lo a entrar no negócio como minoritário, a Infraero daria a ele total liberdade para administrar e operar Galeão e Confins.

A mudança de modelo é criticada tanto pelos grandes operadores mundiais como por empresários brasileiros, que preferem assumir o controle majoritário.

Os operadores já avisaram que aceitam participar, desde que sejam convencidos de que a nova proposta será rentável e segura juridicamente.

Para isso, a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) viaja para a Europa nesta semana, acompanhada do ministro Wagner Bittencourt (Aviação Civil) e do presidente da Infraero, Gustavo do Vale.

Ele vão se encontrar com representantes de companhias espanholas (que controlam aeroportos também na Inglaterra), francesas e alemãs. Dilma ficou de tomar uma decisão depois que receber relatório das conversas com esses grupos.

O limite de 35 milhões de passageiros considerado pelo governo é alto.

Só 33 aeroportos no mundo tiveram esse movimento no ano passado, a maior parte deles sem perfil de operar em outros países.

Se o limite aumentar para 45 milhões, apenas 19 aeroportos se classificariam.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.