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Análise

Qualquer que seja o modelo para os aeroportos, calendário aflige o governo

NATUZA NERY
DE BRASÍLIA

Já não importa o modelo, Infrapar ou concessão. Até a grama da Esplanada sabe como será difícil preparar Confins e Galeão para a Copa-14.

Isso porque, na avaliação interna do governo, leva-se quase o mesmo tempo para leiloar os dois terminais e para montar uma subsidiária com sócio internacional.

Essas são as duas soluções que estão sobre a mesa da presidente.

Eis a projeção: Dilma apresentou as concessões de Guarulhos, Brasília e Campinas (Viracopos) em maio de 2011.

Os contratos foram assinados em junho de 2012, tempo considerado surpreendente para padrões públicos.

Como há, pela frente, ao menos mais quatro meses de "transição operacional", os vencedores só devem assumir integralmente o negócio a partir de janeiro, um ano e sete meses após o anúncio.

Se cumpridos os mesmos prazos, significa dizer que a solução para Galeão e Confins, com divulgação prevista para setembro, pode vir somente no fim de 2012.

Um empresário talvez leve menos de seis meses para melhorar a gestão de um grande restaurante ou para administrar com eficiência um condomínio residencial.

Mas dá para fazer algo semelhante em dois dos maiores aeroportos do país antes do Mundial?

Aos que respondem "sim" fica a dica: tem gente na equipe presidencial morrendo de medo do calendário.

Vem desse grupo o alerta: se é possível haver problemas com o relógio das concessões, o prognóstico pode ser muito pior com a Infrapar.

No primeiro caso, goste-se ou não do resultado dos leilões passados, já se sabe a receita e o gosto do bolo.

No segundo, nem sequer há uma receita. Trata-se de um desenho inédito, complexo e ultradependente de um parceiro internacional que tope, ao mesmo tempo, investir muito mais do que a Infraero e ter menos ações do que a estatal.

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