Receita da Previdência aumenta em julho

O crescimento da arrecadação previdenciária, que havia perdido fôlego em junho, em um reflexo da desaceleração da economia, voltou a ganhar força no mês passado.

O valor arrecadado cresceu 7,1% em termos reais em julho sobre o mesmo período do ano anterior, ante uma alta de 5,1% no mês anterior. Sem considerar os meses de dezembro, quando há o impacto do 13º salário, a arrecadação de julho, de R$ 22,3 bilhões, foi a segunda maior já registrada para um mês.

"A Previdência está apresentando uma resistência com relação à crise econômica, que desacelerou a economia, mas não implicou uma redução do emprego e dos salários", disse o ministro Garibaldi Alves (Previdência).

Apesar da aceleração da receita, os gastos do INSS com o pagamento de benefícios cresceram com mais força -8,1% na comparação anual. A alta refletiu o reajuste real de 7,5%, neste ano, do salário mínimo, que afeta grande parte dos benefícios.

Como resultado, o deficit da Previdência cresceu 17,5%, para R$ 2,581 bilhões.

A previsão do ministério é que o deficit feche o ano em cerca de R$ 38 bilhões, o que resultaria numa queda real em relação ao rombo do ano passado.

RENDA CRESCE NO PAÍS

Neste ano, a renda média de quem trabalha por conta própria subiu mais do que a dos trabalhadores assalariados do setor privado.

Os empreendedores ganharam, em média, R$ 1.495 por mês entre janeiro e julho de 2012, segundo dados da PME (Pesquisa Mensal de Emprego) do IBGE. No mesmo período do ano passado, era 1.392. Houve alta de 7,43%.

O aumento para os assalariados foi de 3,04%.

Na média das capitais pesquisadas (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio, SP e Porto Alegre), porém, os funcionários ganham R$ 1.517, e os autônomos, R$ 1.495.