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Credor estrangeiro dificulta a venda do Banco Cruzeiro do Sul

Banco despertou interesse de cinco instituições financeiras

TONI SCIARRETTA
JULIO WIZIACK
DE SÃO PAULO

Os credores estrangeiros do Banco Cruzeiro do Sul estão dificultando a venda da instituição no Brasil, que despertou o interesse de cinco instituições financeiras.

Para ser vendido, o banco precisa da adesão de 90% dos credores à proposta de reestruturação da dívida, que prevê o "perdão" de 49,3%. A data máxima é 10 de setembro.

Terminou ontem o primeiro prazo para que os investidores estrangeiros que compraram títulos de dívida do banco aderissem à proposta. Após essa data, quem aderir terá um desconto maior, recuperando menos dinheiro.

Durante a tarde, circularam informações de que a adesão dos estrangeiros teria sido muito baixa, o que inviabilizaria o negócio.

Mais tarde, os rumores eram que a adesão teria ficado dentro dentro da expectativa do banco HSBC, encarregado de negociar com os credores estrangeiros.

INTERESSADOS

O FGC (Fundo Garantidor de Créditos), interventor do banco, deve explicar hoje pela manhã, em comunicado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), como está adesão dos investidores.

Cinco bancos estão interessados em comprar o Cruzeiro do Sul, mas nenhum fez uma proposta até o momento. O nome deles não foi revelado.

Todos eles tiveram acesso a dados estratégicos da contabilidade no chamado data room (sala de informações) virtual do Cruzeiro do Sul, além de encontros com gestores e auditores da Price.

Um desses bancos já teria desistido do negócio.

Mais do que o banco em si, o principal interesse das instituições financeiras no Cruzeiro do Sul é se apropriar de um benefício fiscal que pode chegar a R$ 1 bilhão, dependendo das possibilidades dos interessados de abater lucro.

Um dos cinco interessados já teria desistido do negócio. No mercado, os favoritos são Bradesco e BTG Pactual/PanAmericano.

O Itaú, que se associou recentemente com o BMG, também poderia fazer uma oferta, segundo fontes.

Procurados, nenhum dos bancos quis comentar o assunto. O FGC também não comentou o caso.

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