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Embraer deve estrear com vant na fronteira

DE SÃO PAULO

Duas semanas atrás, um consórcio da OrbiSat com a Savis, ambas da Embraer, venceu uma concorrência com Andrade Gutierrez e outras para executar a fase inicial do Sisfron, o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras, do Ministério da Defesa.

O projeto piloto, nas fronteiras com Paraguai e Bolívia, é avaliado em US$ 1 bilhão. No final, alcançando 11 países, deve chegar a R$ 12 bilhões. Entre os equipamentos a serem usados estão os vants.

"É um projeto para vários anos. E tem uma fase nele que será de implantação dos vants", afirma João Moreira Neto, diretor de tecnologia da OrbiSat, engenheiro formado pelo ITA e doutor pela Universidade de Munique, especializado em radares.

A OrbiSat já tem o seu, chamado Sarvant, desenvolvido antes mesmo da aquisição da empresa pela Embraer, no ano passado. "O projeto original foi para uso puramente civil, para mapeamento", diz.

"A Finep subvencionou para isso. Mostramos a viabilidade, um mercado de R$ 20 milhões anuais. Quem precisa? Por exemplo, pequenas hidrelétricas, para elaborar relatórios ambientais."

O interesse militar surgiu mais recentemente. E agora a Embraer "estuda o Sarvant para ver se ele se adapta à aplicação".

Segundo Moreira, "o que pode acontecer é a Harpia, que também é da Embraer, comprar o radar da gente, o sistema autônomo da AGX e o avião da Aeroálcool", as outras empresas envolvidas no desenvolvimento do vant.

Na estrutura de produção de vants que vem sendo montada nos últimos dois anos pela Embraer, a Santos Lab produzirá os aparelhos menores, e a Harpia, os maiores.

A Harpia foi formada em 2011, com participação minoritária da israelense Elbit, que fabrica os vants Hermes 450, usados pelos militares brasileiros para teste e treinamento. O acordo prevê transferência de tecnologia.

(NS)

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