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Mesmo com energia mais barata, inflação em 2013 ficará em 5%

Analistas afirmam que governo Dilma abriu espaço para reajustar gasolina na bomba

DE SÃO PAULO

Mesmo com o corte de energia anunciado na última semana, analistas do mercado ainda estimam que a inflação ficará acima de 5% em 2013 e, dessa forma, acima da meta do governo (4,5%).

O corte do preço da energia tem efeito direto sobre a inflação. A eletricidade tem peso de cerca de 3% no IPCA -principal índice de preços.

O impacto da redução da energia para consumidores em 16,2% é, segundo analistas, de cerca de 0,5 ponto percentual a menos na inflação de 2013. Ontem, muitos reviram projeções. Mas as estimativas ficaram acima de 5%.

A consultoria Tendências reviu projeção de 6% para 5,5%: "A reaceleração da economia, junto aos ganhos de renda em expansão, pressionará a inflação", diz a economista Adriana Molinari.

"Não contamos com a inflação abaixo de 5% em 2013."

Em entrevista à Folha o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou que o governo espera que, com a redução da energia, a inflação fique abaixo de 5% em 2013.

O economista-chefe do banco J.Safra, Carlos Kawal, não mexeu nas suas projeções. Ele já previa uma inflação "mais baixa", de 5,1%.

Embora veja impacto da energia na inflação, Kawal diz que o governo deve aproveitar para reajustar a gasolina e reequilibrar a Petrobras.

"Quanto maior a queda da energia, mais espaço há para reajustar os combustíveis."

Além disso, observa Molinari, haverá o impacto da volta do IPI sobre os preços.

A pesquisa semanal Focus, do Banco Central, mostrou que analistas preveem inflação mais alta no ano que vem. A projeção é inflação em 5,2% neste ano e de 5,5% em 2013.

Para o economista Fábio Romão, da LCA Consultores, as projeções para 2013 devem ceder. Ele diz que a pesquisa ainda não captou o corte de energia. E prevê que a inflação pode ficar em 4,8%, porque os alimentos, vilões neste ano, subirão menos em 2013.

(MARIANA CARNEIRO)

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