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Livraria Cultura terá leitor digital da Kobo a partir do mês que vem

E-reader permitirá leitura de livros comprados em outras livrarias

Yoshikazu tsuno - 2.jul.2012/aFP
Versão do Kobo Touch apresentada em julho no Japão
Versão do Kobo Touch apresentada em julho no Japão

MARIANA BARBOSA
DE SÃO PAULO

A Livraria Cultura vai ter o seu próprio leitor de livros digital (e-reader), a exemplo da Amazon com o Kindle. A livraria acaba de firmar parceria com a Kobo, fabricante canadense de e-reader que pertence à japonesa Rakuten.

O aparelho começará a ser vendido na segunda quinzena de outubro, por meio do site da Cultura ou nas 14 lojas físicas, e dará acesso a um catálogo de 3 milhões de livros em diversas línguas.

O site da Cultura tem no catálogo 330 mil livros digitais, que podem ser baixados em qualquer leitor digital.

O diretor-geral da Cultura, Pedro Hetz, explica que a plataforma do Kobo é aberta, permitindo a leitura de livros digitais comprados em outros sites e plataformas, com exceção da Amazon. E quem tiver leitor digital de outra marca também poderá comprar livros pelo site da livraria.

"A beleza dessa parceria é que ela é aberta e democrática, como uma livraria deve ser", diz o diretor-geral da Cultura, Pedro Herz.

A expectativa é que os livros digitais custem 20% menos do que os de papel.

Do catálogo digital que estará disponível no Kobo, apenas 15 mil livros serão de editoras brasileiras. Herz acredita, contudo, que o lançamento vai estimular editoras a digitalizar seus catálogos, inclusive com títulos esgotados.

A venda de livros digitais representa menos de 1% das vendas da Livraria Cultura. Mas o e-commerce já representa 19% do faturamento da companhia, previsto para

R$ 430 milhões neste ano. O empresário não revela metas de vendas, mas diz esperar que o novo negócio se torne "bastante representativo".

MODELOS E PREÇO

O lançamento da parceria será feito com o modelo Touch (com tela sensível ao toque), mas até o final do ano outros três modelos da Kobo estarão disponíveis.

O preço ainda não foi divulgado, mas a ideia é que o aparelho chegue ao Brasil mais barato do que um Kindle importado, que com impostos e frete não sai por menos de R$ 550. Lá fora, o Kobo Touch custa US$ 99, e o Kindle, de US$ 69 a US$ 89.

Mas o aparelho deve sair mais caro do que o Alfa, da Positivo, que tem parceria com a Livraria Saraiva e custa R$ 399.

A parceria foi antecipada pelo Painel das Letras, da "Ilustrada". Em 1º de setembro, a coluna revelou que os domínios kobobrasil e kobobr estavam direcionado para o site da Livraria Cultura.

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