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Vaivém

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Cadeia da carne bovina tem dose de ineficiência

Pecuaristas, frigoríficos e varejo fizeram um encontro inédito durante a realização da Interconf (a quinta conferência internacional dos confinadores), que foi encerrada ontem em Goiânia (GO).

A conclusão foi de que toda a cadeia passa por uma dose de ineficiência.

Desentendimentos à parte, o que é normal nesses encontros, todos foram unânimes em ver a necessidade de uma transparência maior no setor, o que elevaria a eficiência de toda a cadeia.

Eduardo Biagi, presidente da ABCZ (criadores de zebu), diz que os pecuaristas precisam de uma tipificação das carcaças dos animais e que ela seja adotada por todos os produtores.

Essa medida melhora o rendimento do pecuarista e traz aproveitamento melhor também pela indústria e pelo varejo, afirma.

Representando a Abiec (associação das exportadoras), Jeremiah O'Callaghan, do grupo JBS, disse que o Brasil precisa buscar mais eficiência na produção.

Ele cita o exemplo dos Estados Unidos, que, com um rebanho próximo de 90 milhões de cabeças, consegue produzir 12 milhões de toneladas de carne por ano.

O Brasil produz 9 milhões de toneladas, apesar de ter um rebanho de 200 milhões de animais.

Sussumu Honda, presidente da Abras (associação dos supermercados), diz que esses estabelecimentos estão perdendo competitividade na comercialização de carne e que a falta de padrão do produto entregue pelos frigoríficos é um dos motivos.

O varejo perde 7% do produto ao adequar essa carne aos consumidores. As entidades acham que esse diálogo deve continuar.

Arte no campo Um dos principais produtores de algodão da Bahia quer verticalizar a produção. Seguindo o próprio slogan de fazer "Arte no campo", o grupo Horita participa na semana que vem da feira de insumos de moda Première Vision Pluriel, em Paris.

Estamparia A empresa, sediada em Barreiras (BA), patrocina a designer de estamparia industrial Juliana Rabinovitz.

Viabilidades Essa nova investida do produtor visa analisar a viabilidade de o algodão do grupo ter espaço próprio na feira do próximo ano. O grupo Horita planeja realizar uma verticalização na sua produção, com uma fiação, a tecelagem e a estamparia.

Minérios As exportações de minério de ferro estão estáveis neste início de mês, mas os preços mantêm queda. O valor médio da tonelada do minério recuou para US$ 86, contra US$ 100 em agosto e US$ 136 no ano passado, segundo informações da Secex.

Terras Apesar da seca, o preço da terra subiu nos EUA. Pesquisa da Universidade Purdue indicou que o valor do acre subiu entre 14% e 18% nos últimos 12 meses, dependendo da qualidade.

Arrendamento Os custos são maiores também para quem usa terras de terceiros -alta entre 13% e 15%. Analistas da universidade atribuem essa evolução ao aumento de renda do produtor e à demanda aquecida.

DE OLHO NO PREÇO

COTAÇÕES

Nova York

Algodão

(cent. de US$)*72,95

Açúcar

(cent. de US$)*19,71

Chicago

Soja

(US$ por bushel)17,44

Milho

(US$ por bushel)7,77

  • por libra-peso
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