BC aponta leve aumento de ritmo na expansão de produção e renda

Dados do Banco Central confirmam que produção e renda já crescem em ritmo superior ao do início do ano, mas ainda longe das taxas perseguidas pelo governo.

O índice de atividade econômica do BC apontou expansão de 0,42% em julho, na comparação com junho. O percentual de junho foi recalculado de 0,75% para 0,61%.

Embora modestos, os dados mostram melhora sobre o período janeiro-maio, quando a elevação média mensal foi praticamente zero.

Apurado a partir de indicadores sobre indústria, serviços, agricultura, consumo e investimentos, o índice do BC serve como uma espécie de prévia do Produto Interno Bruto, anunciados trimestralmente pelo IBGE.

Os resultados, até agora, não encorajam previsões para um crescimento do PIB neste ano muito diferente do 1,5% com que grande parte dos analistas e investidores passou a trabalhar.

Até a Fazenda, que tradicionalmente apresenta as projeções mais otimistas, já reduziu a sua dos 4,5% do início do ano para apenas 2%.

Espera-se agora que as medidas de estímulo dos últimos meses produza uma aceleração mais vigorosa a partir do último trimestre, a ser mantida ao longo do próximo ano.

O BC não detalha os fatores que influenciaram seu índice, mas o Itaú Unibanco, que divulga um cálculo próprio do PIB mensal, informou que os setores de construção civil e transporte puxaram o aumento da atividade.

Mostraram fraqueza as vendas no varejo, de automóveis em especial, e o consumo de energia e gás. Nas contas do banco, a economia teve expansão de apenas 0,1% em julho, mas a expectativa é de um resultado melhor em agosto. (GUSTAVO PATU)