Índice geral Mercado
Mercado
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Pacientes viajam em busca de tratamento

ANA KREPP
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
FÁBIO GUIBU
DE RECIFE

Em um corredor do sétimo andar do HC (Hospital das Clínicas), Elicídio Souza, 58, aguarda para visitar o filho recém-operado.

Em abril, a família viajou de Açailândia, no Maranhão, a São Paulo em busca de tratamento adequado para Jairo Souza, 32, que desde os três anos sofre de epilepsia.

No dia 12 de setembro, Jairo passou por uma neurocirurgia para retirada do lobo temporal.

Para Félix Pahl, neurologista do Hospital Sírio Libanês, a chance de cura para epilepsia refratária (resistente ao tratamento medicamentoso) pós cirurgia é de 70%.

Antes da cirurgia do filho em São Paulo, Elicídio passou os últimos 29 anos à procura de médicos no Maranhão. "O último que consultei indicou levar meu filho para o doutor Félix examinar em SP." No dia seguinte compraram as passagens de ônibus.

A consulta com o neurologista do Sírio custou R$ 700. Se fosse paga, a cirurgia custaria R$ 40 mil.

Na consulta, Pahl ligou para Luís Henrique Martins, diretor-geral de neurologia do HC, perguntando se a cirurgia poderia ser feita no hospital público.

Depois de levar a carta de recomendação ao HC, retornaram ao Maranhão em maio para voltar a São Paulo em julho.

A espera até a realização da cirurgia foi de quase dois meses.

Edvânia de Oliveira, 40, tem história parecida, viajou oito vezes com a filha Thays, 12, de São Bento do Una (PE) a Recife para tratar da má formação nos pés da menina.

A cidade onde moram disponibiliza o ônibus que as leva à capital.

"Hoje, ele veio lotado", disse ontem enquanto esperava a consulta no Instituto SOS Mão Criança.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.