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"País não pode se dar ao luxo de esperar tanto"

DENISE LUNA
DO RIO

Dirigindo uma das principais entidades de petróleo do mundo, o World Petroleum Council, mas também presidente da brasileira Barra Energia, Renato Bertani acha que o Brasil não pode se dar ao luxo, como país em desenvolvimento, de demorar tanto para desenvolver seus gigantescos reservatórios de petróleo no pré-sal.

O executivo, porém, ainda vê muito interesse de empresas estrangeiras no país.

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Folha - Como o sr. vê a exploração do petróleo nos próximos anos e o posicionamento do Brasil no mundo?

Renato Bertani - O mundo vai continuar precisando de petróleo.

Em 2030 o consumo global vai atingir 110 milhões de barris diários, ante os 87 milhões de hoje. Se levarmos em conta o declínio natural dos campos, vamos precisar de mais 65 milhões de barris diários. O Brasil é um dos países que podem contribuir, porque ninguém vai conseguir suprir isso sozinho.

E quais são os obstáculos?

A gente tem a situação de Libra, que é uma descoberta que foi feita há dois anos e se estima que tenha reservas de 8 bilhões de barris, com algumas visões de que pode chegar a 15 bilhões de barris.

É um ativo incrivelmente valioso que hoje está controlado pela ANP. Foi descoberto há dois anos e não sabemos quando será licitado.

Vai levar mais dois anos até que os primeiros investimentos venham a ser feitos.

Ninguém pode se dar ao luxo de deixar uma riqueza dessa quatro anos sem explorar.

Foi um erro mudar o marco regulatório e redesenhar a distribuição de royalties?

O que está gerando esse atraso todo é a questão dos royalties, não do marco. Mas precisa haver um avanço o quanto antes.

NA INTERNET
Leia a íntegra da entrevista
folha.com/no1155567

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