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No RJ, pré-sal deflagra "revolução" de pesquisa

Universidade recebe 30 empresas, das quais 12 investiram US$ 1 bi em centro

Projeto é erguer torre comercial na cidade universitária, com espaço para centro de escritórios e hotel

PEDRO SOARES
DO RIO

O pré-sal não mudou apenas o panorama dos investimentos na área de petróleo, mas permitiu também uma pequena "revolução" na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Ela já recebeu cerca de 30 empresas e espera atrair outras cem para um novo prédio planejado para o campus.

Ao todo, 11 grandes multinacionais e uma brasileira (a Usiminas) já estão no parque tecnológico da UFRJ e investiram R$ 1 bilhão em seus centros de pesquisa -alguns em construção.

Outras 16 firmas integram a incubadora da universidade. Juntas, ocupam 350 mil metros quadrados de área.

O número de empresas, porém, será multiplicado em muitas vezes se vingar a construção de uma torre comercial na ilha do Fundão, na cidade universitária, com espaço para abrigar cem empresas, centro comercial e hotel.

O empreendimento já conta com uma área reservada e os gestores do parque tecnológico buscam agora alternativas de financiamento.

"Trata-se de um projeto muito importante", disse Paulo Alonso, gerente do Prominp, programa da Petrobras de formação de recursos humanos e de promoção da cadeia de suprimento.

Segundo o executivo, o pré-sal foi o grande atrativo para a instalação das companhias e tem potencial de trazer muito mais empresas.

Atualmente, as 12 empresas já instaladas no parque empregam 1.029 pessoas. Serão 3.700 em 2014, quando todos os centros estarão em funcionamento. Entre as empresas, estão as maiores fornecedoras globais da indústria do petróleo, como Baker & Huges, Halliburton, Schlumberger e Technip.

Para Alonso, a obrigação contratual de petroleiras de investir 1% da receita bruta dos campos em pesquisa e desenvolvimento também atrai companhias ao país, que deslocam centros de pesquisa para cá.

Foi o caso da BG, sócia da Petrobras no pré-sal, que decidiu montar seu centro global no país (também no Fundão) por conta da obrigatoriedade da ANP.

Além do aporte pelas empresas de R$ 1 bilhão, Petrobras, UFRJ e governos estadual e municipal aplicaram R$ 200 milhões no parque.

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