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Indústria aposta em disputa recorde no leilão do pré-sal

DENISE LUNA
DO RIO

Os leilões de novas áreas para a exploração de petróleo anunciados anteontem pelo governo deverão ser os mais disputados da história do Brasil. A avaliação é de empresários do setor, que vinham pressionando pela realização da licitação.

Segundo o diretor da Queiroz Galvão Danilo Oliveira, as companhias vêm se preparando desde o último leilão da ANP (Agência Nacional do Petróleo), em 2008.

"As empresas estão se capitalizando, já têm os investidores necessários, analisaram praticamente todas as áreas que serão colocadas e estão todos excitados."

Segundo ele, a Queiroz Galvão tem cerca de US$ 200 milhões (R$ 400 milhões) reservados e pretende participar tanto da 11ª rodada de licitação, anunciada para maio de 2013, como do leilão do pré-sal, seis meses depois.

As áreas do pré-sal, que serão ofertadas pela primeira vez à iniciativa privada, ainda não foram divulgadas. O mercado especula que o primeiro ativo a ser vendido será Libra, com ao menos 8 bilhões de barris de petróleo.

A concessão, porém, depende da aprovação de uma nova distribuição de royalties pelo Congresso.

Obrigatoriamente, as empresas terão como sócia a Petrobras, que pelo novo sistema de partilha terá 30% de qualquer bloco do pré-sal. A estatal poderá aumentar a fatia participando do leilão.

Segundo o presidente da Shell, André Araújo, a empresa "vai olhar com muita atenção para todas as áreas".

Luciano Seixas Chagas, diretor da Barra Energia, diz que é preciso pressionar para que a nova distribuição dos royalties seja agilizada.

"Os investidores estão carregados de dinheiro e loucos para trazer para o Brasil."

De acordo com ele, a Barra Energia está estudando principalmente a costa equatorial, devido a descobertas feitas na costa da África, que em eras geológicas passadas era unida ao Brasil.

O anúncio também animou a cadeia de fornecedores. "Os projetos na área de óleo e gás são de longo prazo. A demora para a concessão de novos blocos impede o ciclo contínuo de investimento no setor", avaliou Melquisedec Santos, da Subsin, fornecedora de soluções submarinas.

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