Índice geral Mercado
Mercado
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Governo apura apagão que atingiu 11 Estados

Relatório deve ser entregue em 20 dias, com detalhes sobre o incidente; curto-circuito no Maranhão iniciou o problema

70% do fornecimento foi reestabelecido em meia hora, diz governo; energia foi reduzida para evitar apagão total

DE BRASÍLIA

Apesar de apontar a queima do transformador como a causa do apagão que interrompeu o fornecimento de eletricidade em 11 Estados, nas regiões Norte e Nordeste, no último sábado, o governo determinou uma apuração mais minuciosa do caso.

Foram afetadas regiões dos Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Sergipe, Rio Grande do Norte, Maranhão, Tocantins e Pará.

Em 20 dias, deve ser preparado um relatório com detalhes dos motivos que levaram à interrupção do fornecimento e com o número oficial de pessoas prejudicadas.

Vão participar da investigação todos os agentes envolvidos: a transmissora, Eletronorte, as distribuidoras, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Os órgãos se reuniram ontem em Brasília.

O Ministério de Minas e Energia afirmou ontem, após a reunião, que o problema começou com um curto-circuito que provocou a queima de um transformador na subestação de Imperatriz (MA).

O acidente foi agravado pela falha no sistema de proteção da subestação, que acabou sendo desligada.

As regiões Norte e Nordeste ficaram isoladas do restante do país, o que evitou interrupções em outros Estados.

O fornecimento nas regiões Norte e Nordeste também foi reduzido, automaticamente, em 30%, para prevenir apagões completos nas regiões abastecidas.

Em 2011, quando houve um apagão também na região Nordeste, o desligamento foi completo.

"Em meia hora, mais de 70% do fornecimento foi reestabelecido. Em 50 minutos, todas as cargas foram recompostas, exceto as industriais, porque o sistema não permite", afirmou o secretário-executivo do ministério, Márcio Zimmermann.

A manutenção dos equipamentos estava em dia, afirmou o secretário de Energia Elétrica, Ildo Grüdtner.

"Da mesma forma que vocês têm um veículo e ele pode falhar, o sistema [elétrico] também pode. Independe de todo o processo de manutenção", disse Grüdtner.

OUTROS APAGÕES

No pronunciamento do Dia da Independência, quando anunciou a redução na tarifa de energia, a presidente Dilma Rousseff criticou a gestão de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) ao relembrar o racionamento de eletricidade enfrentado em 2001 e 2002.

Não é a primeira vez que a presidente comenta o ocorrido. Em novembro de 2009, quando um apagão deixou às escuras 18 Estados e o Distrito Federal por mais de três horas, Dilma, então ministra da Casa Civil, afirmou que a oposição tinha memória curta ao comparar aquele apagão ao da gestão de FHC.

(JULIA BORBA)

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.