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Mercado Aberto MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br Com crise e controle cambial, Argentina envia menos turistas ao Brasil neste ano Com controle de divisas e inflação oficial na casa dos 10%, apesar de economistas independentes dizerem que chega aos 20%, a Argentina não deve enviar tantos turistas para o Brasil neste verão. Para segurar dólares no país e equilibrar as contas, o governo argentino proibiu a compra de moeda estrangeira com a finalidade de poupar. Quem quer ir ao exterior precisa comprovar a viagem com passagem e só pode adquirir a moeda do país de destino. Em Florianópolis, cidade brasileira que mais recebe argentinos, estima-se que haverá uma queda de 50% no número de visitantes do país vizinho, segundo a Abih-SC (associação da indústria de hotéis de Santa Catarina). "Neste mês, a taxa de reservas já caiu pela metade", diz o presidente da entidade, João Eduardo Moritz. A Acif (associação comercial da cidade) planeja ações publicitárias reforçadas em Buenos Aires para tentar amenizar a situação. Segundo destino mais procurado pelos argentinos, Foz do Iguaçu registra queda desde julho. "Foi uma redução brusca. Cerca de 40%", diz o presidente do Sindihotéis (sindicato hoteleiro da cidade), Carlos Antônio da Silva. O Rio de Janeiro é a única cidade que não deve ser afetada, pois turistas de outros países substituem os argentinos. "Com o real mais fraco, os europeus estão retornando", diz o presidente do grupo BHG, Peter Vader. De acordo com a Abih-RJ, Búzios deverá ser afetada. TEMPORÁRIO Os valores recolhidos para o pagamento de INSS no setor de trabalho temporário ficaram em aproximadamente R$ 1,99 bilhão em 2011, segundo pesquisa que será divulgada hoje pelo Sindeprestem e pela Asserttem (entidades do setor). Na terceirização, o recolhimento foi de R$ 1,94 bilhão. A prestação de serviços especializados e o trabalho temporário empregam no Brasil, juntos, mais de 2 milhões de trabalhadores formais, de acordo com o levantamento da entidade. SOM NA CAIXA Os valores movimentados em sonorização no comércio cresceram no Brasil nos últimos anos, segundo o Ecad (escritório de arrecadação e distribuição de direitos autorais). A música reproduzida é cobrada por metro quadrado. O grupo geral, que envolve de hotéis a lojas, arrecadou mais de R$ 150 milhões em 2011. O número sobe 11,5% neste ano. No segmento que abrange as redes, como os grandes supermercados ou marcas como Boticário ou Ellus, o avanço é mais acentuado (18,7%). "Músicas agitadas funcionam onde se quer circulação rápida dos clientes, como em fast-foods", diz Márcio Fernandes, do Ecad. A trilha sonora é adequada ao perfil da marca. Na Ellus, "gira em torno do rock", diz Adriana Bozon, diretora da empresa. O uso de um sistema integrado ajuda na padronização de franquias, segundo Lindolfo Leopoldo Martin, da rede Multicoisas. A empresa centralizou há dois anos. Algumas redes optam por não pagar tais taxas pela execução de músicas. Isso é possível pelo pagamento a determinados artistas, fora da lista do Ecad. A europeia Jamendo, empresa de conteúdo musical livre na internet, fez parceria com a brasileira Instore, produtora de rádio e TV. "O repertório é outro, mas o valor pode cair por meio desse licenciamento", diz Vladimir Batalha, da Instore. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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