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Restaurante Antiquarius de SP é alvo de disputa familiar

	Marcelo Justo - 5.set.09/Folhapress
	Clientes em frente ao restaurante Antiquarius da al. Lorena, nos Jardins, em São Paulo

A filial paulistana do restaurante Antiquarius, referência da culinária portuguesa no Rio, está no centro de uma disputa familiar.

Carlos Perico, fundador da casa situada no Leblon (na zona sul carioca), quer proibir o uso da marca no restaurante da alameda Lorena, na zona oeste de São Paulo.

O Antiquarius de São Paulo é administrado por Thales Martins, viúvo de Maria Eduarda, filha de Perico.

Vítima de câncer, ela morreu em 2008, e o marido assumiu o comando da casa. Segundo representantes de Perico, a partir daí a casa passou a acumular dívidas.

Em agosto, Martins deixou a gestão do restaurante sob a responsabilidade de Rui Rodrigues, proprietário do Dom Afonso, restaurante português de Sorocaba (SP).

Com a entrada de um novo administrador, a família Perico enviou uma notificação extrajudicial exigindo a rescisão da licença de uso da marca Antiquarius.

"Se existe outro grupo responsável pela parte operacional, não faz sentido usar o nome Antiquarius. Quem é o Dom Afonso para operar a minha marca?", questiona Antonio Perico, sócio e filho do fundador do restaurante.

A justificativa para o rompimento é baseada em cláusulas associadas a impostos.

Josmeyr Oliveira, advogado de Martins, afirma que os aluguéis atrasados foram pagos e uma dívida bancária acabou de ser negociada.

Ele afirma que um contrato de cessão de uso da marca Antiquarius foi assinado em maio de 2011, com duração de dez anos. "Existe um contrato em vigor. A opção de não usar o nome Antiquarius está fora de cogitação."