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Associação de importadoras diz que pacote não alivia tributos

CLAUDIA ROLLI
DE SÃO PAULO

A Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores) considera que as medidas anunciadas pelo governo no novo regime automotivo só favorecem 30% das 29 importadoras associadas à entidade e não aliviam a carga tributária do setor.

"O decreto é positivo do ponto de vista de exigir mais investimentos em tecnologia e desenvolvimento e de estimular o setor a buscar mais eficiência energética nos veículos. Isso não discutimos; concordamos e apoiamos", diz o diretor financeiro da Abeiva, Ricardo Strunz.

"Mas é preciso entender que o negócio de representação de uma marca estrangeira ano país é legítimo. Há empresas que não consideram viável montar fábricas aqui, vão continuar importando porque não há escala de produção", diz o executivo da associação.

QUEDA ACENTUADA

Ao se referir ao fato de o governo ter estipulado cota de 4.800 veículos para serem importados com benefícios desde que a importadora se habilite no programa Inovar Auto, Strunz diz que o setor não teve expectativas atendidas.

A retração nas vendas dos importados é de 40% no acumulado de janeiro a setembro deste ano em comparação com igual período do ano passado, segundo dados da associação de empresas importadoras.

A queda, segundo executivos das importadoras, é resultado do aumento em 30 pontos percentuais do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), em vigor desde o dia 16 de dezembro, e em parte atribuída à variação cambial.

O setor esperava que, dentro do regime automotivo, pudesse haver alguma medida que aliviasse a carga tributária -que foi elevada para importados no final do ano passado.

A expectativa era de criação de cotas maiores para importação do que as estabelecidas.

"Quem não tem fábrica aqui e importa produtos po de trazer 4.800 veículos por ano. Esperávamos que o governo fosse considerar a média de importação de cada marca nos últimos três anos", diz Struns.

As empresas importadoras, em média, trazem ao país cerca de 10 mil carros por ano. Por essa razão, a cota estabelecida é insuficiente, diz.

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