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MARIA CRISTINA FRIAS
cristina.frias@uol.com.br

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

Regra do TST afasta mulher de vaga temporária

A contratação de trabalhadores temporários para o Natal deve dar preferência aos homens neste ano, segundo o Sindeprestem (entidade do setor de temporários).

A disposição para selecionar mulheres caiu entre empresas do setor depois que o TST definiu, no mês passado, que as mulheres que ficarem grávidas têm garantida a estabilidade, mesmo em regime temporário.

"Homens terão preferência porque a manutenção de um contrato por tempo superior ao planejado pode gerar desequilíbrio econômico", diz Vander Morales, presidente da entidade.

"Se houver muitas mulheres nessa situação, as prestadoras de serviço podem falir. Não poderão manter trabalhadoras se não tiverem onde alocá-las", diz.

O empregador terá de garantir a vaga até o fim da gestação e assegurar cinco meses de licença maternidade.

A presença de homens costuma ser maior no setor industrial, enquanto as mulheres se concentram mais no segmento comercial.

Para o final deste ano, a estimativa é que sejam contratados 155 mil temporários no país, segundo o Sindeprestem e a Asserttem (associação do setor).

Antes da determinação do TST, pesquisas das entidades esperavam 47% de mulheres no comércio e 32% na indústria, mas isso deve mudar.

"Não podemos prever com precisão, mas certamente os números poderão servir de base para que seja revertida essa decisão", diz Morales.

"A decisão do TST vai inibir a contratação de mulheres. Se houver um volume muito grande de grávidas, as empresas prestadoras do serviço podem falir"

VANDER MORALES
presidente do Sindeprestem

Obra Parada

A fabricante brasileira de máquinas agrícolas Stara suspendeu temporariamente a construção de uma planta na Argentina por causa das políticas protecionistas do país.

"Já estamos com o terreno nivelado e com acesso a eletricidade e água. Mas não adianta fazermos tudo e depois não conseguirmos importar componentes da Alemanha e dos Estados Unidos", afirma o presidente da empresa, Gilson Trennepohl.

A fábrica deveria entrar em operação já em 2013, mas não há nem previsão de quando as obras serão retomadas.

"Vamos solicitar uma reunião com o governo argentino", diz Trennepohl.

A unidade deverá receber aporte de R$ 25 milhões e gerar um faturamento anual de US$ 50 milhões (cerca de R$ 100 milhões).

No Brasil, a companhia está construindo uma fábrica de tratores, que demandará aproximadamente R$ 140 milhões em investimentos.

A planta é um projeto da Stara em parceria com a argentina Pauny, que irá transferir à brasileira tecnologia para fabricação de tratores.

"Na unidade que estamos erguendo no Brasil, também poderíamos estar mais adiantados. Mas a Pauny sofre com a instabilidade argentina."

Ainda com dificuldade

As famílias de São Paulo cuja renda mensal é de até R$ 1.600 continuarão com dificuldades para comprar um imóvel dentro do programa Minha Casa, Minha Vida mesmo com as alterações anunciadas pelo governo na semana passada, segundo o presidente do SindusCon-SP (sindicato da construção civil do Estado), Sergio Watanabe.

Para essas famílias, o preço máximo dos imóveis continua em R$ 76 mil na capital paulista. "Devido aos elevados custos da construção e dos terrenos, o valor, sozinho, não viabiliza empreendimentos", diz Watanabe.

"Seria necessário um complemento em forma de subsídio por parte do governo estadual ou municipal."

Da meta de 2 milhões de unidades habitacionais do programa, 1,2 milhão seriam de imóveis destinados às famílias que têm renda nessa faixa de até R$ 1.600.

Preparados para mudanças

Mudanças regulatórias são uma das principais preocupações das empresas hoje.

Metade dos entrevistados pela Economist Intelligence Unit para uma pesquisa citaram as eventuais alterações como fonte de inquietação.

Cerca de 60% dos executivos disseram estar preparados para as mudanças. Foram entrevistadas 454 pessoas.

Caça-talento

A Companhia de Idiomas, que oferece cursos dentro de empresas, tradução e consultoria para expatriados, vai entrar no mercado de seleção de talentos com a abertura de uma nova empresa, a Profcerto.

O objetivo é cadastrar e selecionar professores de sete idiomas em todo o país, de acordo com a sócia Rosangela de Fátima Souza.

"A empresa foi concebida a partir de uma dificuldade nossa de contratar profissionais, que se acentuou recentemente devido aos eventos esportivos e à consolidação do setor", afirma.

No novo segmento de atuação, os clientes podem ser escolas de idiomas ou pessoas físicas.

com JOANA CUNHA, LUCIANA DYNIEWICZ e LARA STAHLBERG

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