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'Gelato' investe em museu e universidade para se expandir

DA REUTERS

Cosimo Ruggieri, quem diria, acabou em museu de "gelato". Alquimista da corte de Médici, Ruggieri, diz a lenda, criou o sorvete que Catarina de Médici levou para Paris nos anos 1530 para encantar os franceses.

E foi assim que ele terminou no primeiro museu do mundo para a cultura e a tecnologia do "gelato", que acabou de abrir em Anzola dell'Emilia, cidade do norte da Itália próxima a Bolonha.

"O 'gelato' era um símbolo de poder, usado nas cortes para aumentar o prestígio das famílias nobres. Gelo e sal eram ingredientes-chave e caros, então apenas os aristocratas podiam pagar", afirma a especialista em 'gelato' Luciana Polliotti.

O museu, bancado pela fabricante de máquinas de "gelato" Carpigiani, serve para mostrar a história de um produto "made in Italy" que se tornou sucesso mundial.

Assim como outros "made in Italy", o "gelato" tem enfrentado a recessão apostando em qualidade e se diferenciando do sorvete, mais industrializado e calórico.

"Em Bolonha, uma das poucas coisas que têm crescido nos últimos anos é o 'gelato'", disse o monsenhor Gabriele Cavina, na inauguração do museu que foi abençoado por ele.

Os italianos levam muito a sério o "gelato", mas, com um ponto de venda para cada 3.000 habitantes, é um mercado maduro. Hoje, 80% dos negócios da Carpigiani são gerados no exterior, especialmente em emergentes da Ásia e do Oriente Médio.

"O 'gelato' não faz parte da cultura deles, mas, para os chineses, trata-se mais de experimentar um produto 'made in Italy' do que a comida em si", afirmou Andrea Cocchi, executivo da Carpigiani.

Para ajudar a sua expansão no exterior, a fabricante também abriu, em 2003, uma universidade do "gelato".

Ela fica ao lado do museu e está cheia de estrangeiros que vêm aprender os segredos do produto para abrirem empresas nos seus países de origem -possivelmente com uma máquina da Carpigiani.

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