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Carros com defeito superam toda a frota de Ribeirão Preto

Desde janeiro, montadoras já reconheceram problemas em 298 mil veículos

Falhas incluíram pane no motor, parafusos soltos e falhas no funcionamento de freios e cinto de segurança

AGNALDO BRITO
DE SÃO PAULO

O número de carros e picapes convocados desde janeiro para recalls alcançou 268.426. Se fosse uma cidade, seria a 16ª do país em número de veículos, superando Ribeirão Preto (que tem pouco mais de 258 mil carros e peruas, segundo o Denatran).

Somando motos, triciclos, quadriciclos e jet skis que também necessitaram de revisão por problemas em peças e equipamentos, o número chega a 298 mil veículos, segundo dados do DPDC (Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor) do Ministério da Justiça.

Só na quarta passada, duas montadoras avisaram proprietários de que teriam de passar numa concessionária.

A Toyota chamou 38.049, por um defeito no vidro elétrico que afetou os modelos RAV4, Camry e Corolla fabricados entre 2006 e 2008.

Já a Mercedes-Benz reconvocou no mesmo dia cerca de 11 mil chassis de caminhões com defeito na suspensão.

Desde janeiro, foram 36 campanhas de convocação, de 21 empresas diferentes.

O recall é feito quando há potencial risco para o consumidor. A troca ou o reparo do produto são feitos sob responsabilidade do fabricante.

No caso do equipamento que aciona os vidros dos veículos da Toyota, por exemplo, existe um risco potencial de incêndio. Em todo o mundo, a montadora terá que reexaminar 7,4 milhões de veículos para anular o risco.

Entre outros defeitos que geraram alertas ao longo deste ano estão travamentos de motor, falhas nos freios, cintos de segurança defeituosos, parafusos soltos e direções com problemas.

Alcançar toda essa gente tem sido um desafio. Segundo o governo, 40% dos proprietários não respondem às convocações (a lista de recalls pode ser consultada no site do Procon: www.procon.sp.gov.br/recall.asp).

Em março deste ano, o governo lançou um sistema de alerta. Ao ser informado pelo fabricante, ele dispara informes para a rede nacional de defesa do consumidor, as agências reguladoras e para consumidores cadastrados.

O governo passou a usar os dados do Renavan (número de identificação do veículo) para saber se o proprietário atendeu ao chamado.

Defeitos em veículos são a principal causa de recalls no Brasil, que viu o número dessas chamadas dobrar em oito anos -de 2003 a 2011-, segundo o DPDC.

No ano passado, foram 75 envolvendo todos os produtos do país, sendo 62 deles provocados por veículos, afetando 656,1 mil proprietários. Outros itens defeituosos incluem alimentos, medicamentos e informática.

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